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Alagoas
15/05/2013 18:55:55

Prefeitos alagoanos ameaçam extinguir PSFs

Prefeitos alagoanos ameaçam extinguir PSFs
Foto Ilustrativa

tribunahoje //

ana paula omena

 

Criado em 1994 pelo governo federal, como estratégia para implementar a atenção primária, o Programa de Saúde da Família (PSF), em Alagoas está em situação de falência e há prefeitos que pensam até em encerrá-lo.

 

A principal problemática passa pelo repasse de recursos do governo federal, por meio do Ministério da Saúde (MS), que atualmente, segundo os prefeitos, fica aquém da necessidade da saúde básica.

 

“Os valores são baixos, não dá para manter uma equipe de PSF com R$ 7 mil”, reclamou o prefeito de Penedo, Marcius Beltrão. “No município há 21 Programas de Saúde da Família, isto significa um gasto de R$ 850 mil por mês, cerca de R$ 10 milhões por ano. O repasse do governo federal é pouco de mais. Fazemos o mínimo possível para não ver a população desassistida. O recurso mal dá para pagar a folha. O médico é fundamental, mas o remédio e o exame também são. Uma coisa depende da outra”, desabafou.

 

Os prefeitos de Viçosa e de Pão de Açúcar reclamam do mesmo problema e também avaliam a extinção do PSF. “Tenho plena convicção de que todos os municípios alagoanos sofrem com este mesmo problema e o restante do Brasil também. Não existe como manter um problema como este com uma verba baixa, não há possibilidade”, completou Beltrão.

 

Para Penedo, o governo federal destina R$ 150 mil mensais para o PSF. Segundo o prefeito, desde a implantação do programa, o acréscimo na receita foi ínfimo. Beltrão comparou o reajuste ao salário do médico, por exemplo, que em 1994 era de aproximadamente R$ 6 mil e hoje ultrapassa os R$ 11 mil.