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A Polícia Federal prendeu um estrangeiro procurado pela Interpol (Polícia Internacional) na cidade de Novo Lino, a 98 km de Maceió, junto com outras três pessoas. Petr Falta, acusado de aplicar um golpe de 10 milhões de euros na República Tcheca, foi preso pela Polícia Militar com um documento de identidade alagoano, quando fugia para Recife (PE). Também foram presos o policial civil Valdicio Ferreira de Oliveira, a amante de Petr, Iveta Lukuvkova, e José Nilson Pereira do Nascimento.
Ao analisar os documentos de identidade, os policiais militares estranharam o fato de os estrangeiros, que não falavam português, apresentarem RG expedidos pela Secretaria de Segurança Pública de Alagoas. Nos documentos constava a informação de que eram naturais de Maceió/AL. A prisão aconteceu na última quinta-feira (9), mas só divulgada pela Polícia Federal nesta quarta (15).
A Polícia Federal foi acionada para auxiliar a identificação do casal de estrangeiros e verificou que Petr Falta é procurado pela Interpol por ter cometido uma fraude milionária na República Tcheca. Segundo informações colhidas na imprensa internacional, Petr Falta aplicou um golpe de 10 milhões de euros e fugiu com a amante para o Brasil, deixando na República Tcheca a esposa e um filho, além de uma dívida milionária.
Ao chegar ao Brasil, o estelionatário e sua namorada passaram a corromper policiais a fim de conseguir identidades brasileiras. Iveta Lukuvkova chegou a ser notificada pela Polícia Federal a sair do país e desobedeceu a ordem, passando a ficar em situação irregular no Brasil. O plano era, segundo confessado por Petr Falta e sua amante Iveta Lukuvkova, conseguir passaportes brasileiros e fugir para a Itália, local em que viveriam como um rico casal de brasileiros.
A Polícia Federal investigou o caso e concluiu que o policial civil Valdicio Ferreira de Oliveira e seu amigo José Nilson Pereira do Nascimento se encarregaram de esconder o casal das autoridades brasileiras e de conseguir os documentos de identidade e passaportes para os estrangeiros. No momento em que se deslocava para a cidade de Recife, local em que tentaria falsificar os passaportes, o grupo foi preso pela Polícia Militar.
O grupo de criminosos foi indiciado pela Polícia Federal nos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, uso de documento falso e formação de quadrilha. O policial civil foi indiciado ainda por portar arma de fogo irregularmente. Os presos foram encaminhados ao sistema prisional e aguardam decisão da Justiça.