Moradores denunciam morte de homem por omissão de socorro

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luciano milano

Moradores do povoado Pindoba, em São Luiz do Quitunde, procuraram o TNH1 para denunciar suposta omissão de socorro do Hospital José Augusto, daquele município. Segundo os populares, o corpo do pernambucano identificado apenas como Luiz encontra-se, nesse momento, estendido na calçada em frente à residência que morava no povoado, depois de ser deixado no local, ainda com vida, por uma ambulância do José Augusto, na manhã deste domingo (5).

Ainda de acordo com os moradores, Luiz trabalhava em uma madeireira em São Luiz e foi internado na última sexta-feira (3) reclamando de fortes dores abdominais. O rapaz ficou no hospital até hoje pela manhã, quando recebeu alta médica.

“O Luiz foi liberado hoje pela manhã. Quando chegou em casa, o pessoal aqui viu que ele não estava bem e o levou de volta para o José Augusto. Quando nós pensávamos que ele ia ficar internado, parou uma ambulância na rua e o trouxe de volta. Não demorou muito e o Luiz acabou falecendo, e está aqui jogado feito um cachorro”, denunciou uma moradora que pediu para não ser identificada.

Hospital – O TNH1 manteve contato por telefone com a médica Selma Galvão, que atendeu Luiz. À reportagem, Selma, que afirmou não saber da morte do rapaz, disse que Luiz tinha cirrose hepática, estava muito doente e recebeu alta porque nenhum parente dele foi ao hospital para fazer companhia ao pernambucano. Ela pôs a culpa da situação na família de Luiz.

“Além disso, ele deu muito trabalho a todos aqui no hospital porque não ficava só na enfermaria, não parava em cama nenhuma e ainda não deixava em paz os outros pacientes. Ele só aceitou uma refeição ontem (sábado) e fizemos o que podíamos para mantê-lo aqui”, disse Selma Galvão, que afirmou ser clínica geral, com especialidade em atendimentos de urgência.

O TNH1 ainda questionou à médica se o fato de nenhum parente dele ter ido ao hospital justificaria a alta sem o paciente estar recuperado. “Não posso ficar repetindo o que já expliquei porque tenho muito trabalho a fazer. Se o senhor quiser, pode vir aqui e conferir a papelada dele no hospital”, afirmou Selma Galvão.