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francisco cardoso e claudemir araújo
Com uma dramática vitória sobre o CEO obtida com um gol do zagueiro Gladistone nos minutos finais da prorrogação, depois de um empate de 1x1 no tempo normal, o CRB conquistou na noite deste sábado, no Estádio Rei Pelé, a primeira vaga para as finais do Campeonato Alagoano de 2013.
O outro classificado sai do clássico CSA x ASA, neste domingo, também no Trapichão, com o time azulino jogando com a vantagem do empate.
Além do direito de decidir o título estadual, o CRB garantiu presença em duas competições importantes no próximo ano: a Copa do Brasil e o Campeonato do Nordeste.
Outro detalhe: com a derrota do CEO, a vaga de Alagoas na Série D deste ano é oficialmente do CSA, que tem mais pontos que o time sertanejo na classificação geral - o concorrente só poderia tomá-la de fosse o campeão alagoano.
Como já era esperado, o Galo foi superior em campo a maior parte do jogo, mas teve pela frente um adversário bem armado entre a defesa e o meio-campo, que resistiu até o fim para levar a decisão para os pênaltis.
O Galo abriu o placar logo no início do confronto, com o atacante Schwenck cobrando pênalti sofrido por ele mesmo. Valente, o time do CEO foi para cima e conseguiu igualar o placar no mesmo tempo da etapa inicial (6 minutos da etapa complementar), através do zagueiro Williams José. No segundo tempo, em mais uma cobrança de pênalti, Schwenck teve a oportunidade de desempatar, mas chutou mal e o goleiro Alexandre salvou. O jogo foi para a prorrogação e quase no final Gladistone se transformou no grande herói regatiano, marcando o gol da classificação.
O jogo
A partida começou com o CRB buscando a vantagem no placar. E ela não demorou a acontecer porque aos 5 minutos o improvisado lateral-esquerdo Marcos Antônio tocou rasteiro para a área do CEO. A zaga não cortou e a bola ficou para o atacante Schwenck, que na dividida com o goleiro Alexandre caiu e o árbitro George Alves Feitoza sinalizou pênalti. Um minuto após o próprio Schwenck converteu ao tocar rasteiro no lado direito. Alexandre adivinhou o canto, mas não conseguiu evitar que a bola entrasse na sua própria meta.
O CRB, com o domínio das ações, passou a administrar a vantagem obtida cedo enquanto que o CEO tinha dificuldades para criar jogadas de ataque. O jogo ficou assim até por volta dos 25 minutos, quando o CEO conseguiu adiantar mais o seu time, mas no momento que o lançamento saía seus atacantes estavam geralmente impedidos. E pôde ter empatado aos 40 minutos. Atacante Aurélio, que já havia tentado de fora da área, agora mirou o canto direito, meia altura, para exigir difícil defesa do goleiro Tiago, espalmando a bola – que tinha endereço certo - para escanteio.
O 2º tempo começou com o CEO surpreendendo. Aos 5 minutos o meia Nem cobrou falta e ganhou escanteio, lado direito. Ele mesmo foi o encarregado desta nova cobrança e tocou à meia altura, com a bola passando por toda a extensão da área regatiana e encontrar o zagueiro Williams José perto ao poste direito para escorar para o fundo da rede.
Apesar do maior volume de jogo, o segundo pênalti desperdiçado parece ter afetado o CRB, pois viu a partida entrar na prorrogação e aí ela se tornar dramática porque o tempo foi passando e o gol salvador, para o Galo praiano, só saiu aos 7 minutos do 2º tempo deste período extra quando muitos já estavam apostando na decisão por pênaltis. Em falta da intermediária, Marcos Antônio desta vez foi o encarregado da cobrança e fez o centro para a área do CEO. Sua defesa não conseguiu fazer o corte e o zagueiro Gladstone, que havia ido para a área para tentar o cabeceio, pegou o rebote e, ao girar sobre si, enganando marcador, tocou rasteiro no canto direito para delírio da já aflita torcida regatiana.