Agentes policiais da equipe do Delegado Valdecks Pereira lotados na 11º DRP em União dos Palmares detiveram no inicio da noite desta quarta feira (1) o menor C.V.S.S conhecido como ‘Juninho’ de apenas 14 anos de idade residente na Rua Maia Carmelita no Bairro Roberto Correia de Araujo na periferia da cidade. O rapaz é acusado de na noite do ultimo dia 23 haver atingindo com vários tiros de revolver o auxiliar de mecânico Rafael Rodrigues da Silva de 18 anos de idade residente na Rua Maria Carmelita.
A tentativa de homicídio teria sido praticada pelo menor que segundo a policia estava em companhia de outros elementos que ocupavam um Fiat Siena de cor prata pertencente a um taxista que trabalha na cidade. Juninho não confirmou a versão e disse que agiu sozinho. O atentado ocorreu nas proximidades da Escola Salomé da Rocha Barros e da Igreja de São Sebastião naquele bairro periférico na presença de dezenas de testemunhas.
Segundo o chefe de expediente da delegacia Janio Bezerra, o menor já tem outras passagens pela Delegacia pelos delitos de porte ilegal de arma, trafico de drogas e também está sendo investigado por sua provável participação no assassinato do cortador de cana Valdecir Amaro da Silva de 23 anos de idade no ultimo dia 21 as 5:00 horas em uma das transversais da Rua Prefeito Afrânio Vergeti. Quando a policia chegou para atender a ocorrência, Juninho estaria portando um revolver e evadiu-se.
Com o menor a PC apreendeu um revolver Taurus calibre 38 com 10 munições intactas e uma mascara ‘balaclava’. Relacionado a arma, o rapaz confirmou a reportagem que a adquiriu em Maceió por mil e quatrocentos reais e que o dinheiro foi arrecadado com a venda de drogas em União. Perguntado pelo repórter se depois de se livrar das acusações que motivaram sua prisão, abandonaria o crime, Juninho disse apenas que ‘não vou parar nunca, moço’.
Sobre os motivos que o levaram a atirar em Rafael, ele disse que ‘ele roubou a minha namorada e merecia morrer’. Também confirmou participar de uma ‘galera’ que distribui drogas no Bairro Roberto Correia de Araujo mas preferiu não dizer o nome de seus companheiros nem do chefe do bando.
Nas proximidades da delegacia, o pai do menor conversou com várias pessoas dizendo que era um homem trabalhador e não sabia o motivo de seu filho com tão pouca idade já se acusado de tantos crimes. Perguntou se ele (o filho) desta vez ‘ia descer’ (se referindo a sua condução para a Unidade de Internação de Menores em Maceió), desabafando: ‘na outra vez que ele foi preso, estive com o Dr. Juiz pedindo para ele ser internado, e vou voltar a fazê-lo amanhã pois não suporto o comportamento do meu filho’ disse o agricultor.
editoria //