PC evita nova fuga de presos em União. Veja depoimento de delegado sobre o assunto na TV Tribuna

Ao chegar de uma diligência na zona rural do município, o delegado Manoel Wanderley suspeitou do silencio em excesso na cela numero um da carceragem da 11ª DRP localizada em União dos Palmares onde estão detidas dezessete pessoas (em uma sala que mede oito metros quadrados), acusados dos mais diferentes delitos desde estupro, assalto, trafico de drogas e assassinatos, alguns deles foragidos de outros estados, inclusive do Piauí e de Pernambuco que foram flagrados no município praticando atos ilícitos.

Segundo relato do delegado de Murici de plantão em União, Dr. Manoel Wanderley (veja entrevista na TV Tribuna), ‘quando abri a porta do corredor que dá acesso as celas, os presos começaram a me xingar e aos policiais, porém os insultos e ameaças não nos intimidaram porque reunimos nossa equipe e adentramos a cela onde encontramos três aparelhos celulares e várias ferramentas artesanais que seriam utilizadas para fazer buracos na parede e assim acontecer a fuga’.

‘O fato exige mais atenção das autoridades constituídas evitando novos episódios de fugas ou até de uma invasão externa para soltar os presos e até mesmo exterminá-los. Os presos têm acesso a esse material que vem escondido dentro da alimentação trazida por seus familiares diariamente’, colocou o delegado.

As fugas têm se tornado rotina nas delegacias de União e agora Santana do Mundaú que é termo da Delegacia Regional cujo titular é o Delegado Valdecks Pereira, e a situação está se tornando insuportável, causando temor e mal-estar a população porque a delegacia se localiza no centro da cidade e em seu entorno existem várias lojas, farmácias, lanchonetes, a Secretaria Municipal de Saúde, residencias e o Hospital Regional São Vicente.

Para um policial, ‘a tendência é a situação se agravar, pois segundo consta, todas estas pessoas detidas estão a disposição da Justiça que cumpre seu papel condenando-os conforme o grau do delito, porém, o sistema prisional de Alagoas é deficiente e não comporta mais ninguém. Aqui agente da policia civil acumula também os cargos de enfermeiro, garçom, guarda de presídio e até portador de recados. Não fizemos concurso para isso e nem estamos preparados para exercer essas atividades paralelas. Nossa função é investigar crimes’ disse o agente da PC que pediu para não ser identificado.

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