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dulce melo
Na sexta-feira passada (26) o advogado da coligação “Mundaú tem Jeito” uma das concorrentes ao pleito 2012, em Santana do Mundaú, solicitou do juiz eleitoral da 21ª Zona uma apuração sobre o retardamento no envio do processo Nº Nº 388-54.2012.6.0021 em desfavor do atual prefeito Marcelo de Souza, por compra de voto. Marcelo foi afastado, mas retornou ao cargo também na sexta-feira por meio de liminar concedida pelo desembargador Fernando Maciel.
Segundo o advogado da coligação, Marcelo Tadeu Leite da Rocha, a liminar foi concedida porque o processo continua em primeira instância, ainda no cartório eleitoral de União dos Palmares, quando os autos já deveriam ter sido enviados ao Ministério Público Eleitoral. Isso causa, conforme o advogado, favorecimento ao prefeito Marcelo de Souza que foi afastado, mas conseguiu efeito suspensivo junto ao TRE/AL.
Afastamento
O prefeito Marcelo de Souza (PSC) foi cassado na tarde da quarta-feira (10) por determinação do juiz Ygor Vieira da Comarca de União dos Palmares. Para o magistrado, o prefeito cometeu crime eleitoral. Em novembro do ano passado, Marcelo Souza e ex-secretários foram ouvidos em audiência por causa das denúncias. Marciel Félix da Silva, à época secretário de Transportes, além de Estácio Martins da Silva, ex-secetário de Obras, e mais sete pessoas foram acusados também de usar indevidamente o dinheiro público com abastecimento durante a campanha e também compra de votos.
As provas apresentadas pela oposição contra o ex-secretário e eleito vereador pela situação, Marciel Félix foram imagens cedidas à Justiça Eleitoral de suposta compra de votos. O prefeito afastado Marcelo Souza e o ex-secretário de obras foram ouvidos a respeito do abastecimento de carros com recursos da prefeitura para a promoção de evento dias antes do pleito eleitoral.
O promotor eleitoral Antônio Luís Vilas Boas Sousa, da 21ª Zona, já havia solicitado que fosse declarada a inelegibilidade do prefeito Marcelo Souza (PSC), que foi reeleito, acusando-o de favorecimento do poder público para se promover e garantir votos. A representação foi feita pelo vereador Edson Barros da Silva que acusa Marcelo de está “utilizando a administração pública para fazer sua marca pessoal”.
Em sua análise, o promotor explicou: “e não se queira alegar que não foi o representado quem autorizou a cessão de tais veículos ou mesmo desconhecia o fato, haja vista que se encontrava presente ao evento”.
Vilas Boas também afirmou que em relação ao abastecimento dos veículos com dinheiro público, a prova seria incontroversa, porque havia sido autorizada pelo secretário de Transporte, que acompanhava de perto, segundo o promotor, o abastecimento, assinando vale para a liberação. Nesse caso, o processo é o de nº 343-50.2012.6.02.0021.