Sérgio Lira deve assumir prefeitura de Maragogi

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No mês de dezembro de 2012, o jornal Extra em sua edição número 699 publicou com exclusividade a farra com o dinheiro público praticado pelo prefeito eleito de Maragogi Luiz Henrique Peixoto Cavalcante, o Henrique Madeira. Essa semana o juiz Carlos Aley Santos de Melo cassou o mandato do prefeito eleito e do seu vice, Claudinei Lira Pinto, por abuso de poder político e econômico durante o pleito de outubro. Madeira teve até essa sexta-feira, 26, para recorrer da decisão ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL).

A decisão do magistrado diz que o 2º colocado nas eleições - Fernando Sérgio Lira - deve assumir a prefeitura, já que nem o primeiro colocado, nem o segundo receberam mais de 50% do votos, ou seja, os votos de Madeira são anulados e ficam válidos apenas o do segundo colocado. “A Justiça agiu de forma exemplar, pois as denúncias são gravíssimas e as provas são mais que robustas”, destacou Sérgio Lira.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida por Lira revela “um esquema ilícito alicerçado para burlar o equilíbrio do pleito e a livre vontade do eleitor”. Vale ressaltar que Henrique Madeira foi eleito com 47,58% (6.742) dos votos contra 46,36% (6.569) do segundo colocado, uma diferença de 173 votos. Na ação Lira diz que “se a máquina pública não fosse utilizada para beneficiar o candidato de Marcos Madeira (ex-prefeito do município), certamente Henrique não seria eleito.” Ainda segundo a Aije, dentre as condutas vedadas está o desvio de função de Anderson Ferreira Costa, servidor público, contratado pela prefeitura de Maragogi para prestação de serviços gerais na Secretaria de Infraestrutura, mas foi desviado de função para dirigir o trio elétrico utilizado na campanha do prefeito eleito.

Sérgio Lira esteve na redação do jornal Extra após a sentença de Carlos Aley, e enfatizou: “Não é porque o prefeito eleito foi cassado que vamos deixar para lá o que ocorreu. Vamos fazer uma verdadeira devassa nas contas da prefeitura e investigar os desmandos cometidos nas gestões da família Madeira.” Lira fez questão de enaltecer a postura do judiciário local e colocou: “confio no Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas e acredito na manutenção da cassação de Madeira.”