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22/04/2013 09:05:16

Educação

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Estudantes alagoanos são atraidos para a Argentina

correiodealagoas //

 

Uma matéria publicada neste domingo (21) no portal Terra mostrou a atração de brasileiros par doutorado em universidades argentinas e justificou a preferência pelas facilidades. De Maceió, três pessoas – dois policiais civis e um agente penitenciário - estão matriculadas na Universidad de Morón.

O Correio de Alagoas conversou com o policial civil Fábio Esperon para entender a opção. Segundo ele, as dificuldades e carências encontradas em Alagoas para o doutorado são os principais motivos.

“Sonho em ser professor da Universidade Federal. Uma vez fui fazer a inscrição e exigia o mestrado, no ano passado o doutorado e no Brasil não havia nenhum curso aberto que eu pudesse entrar. Eis a razão”, declara Esperon.

O curso tem durabilidade de dois anos e é dividido em quatro módulos. Em janeiro deste ano os alagoanos iniciaram o doutorado. Eles passaram 26 dias na Argentina e em julho vão novamente par o segundo módulo. O restante do curso é composto por etapas com apresentação de trabalhos.

“Enviamos os trabalhos pela internet em inglês ou espanhol. Não pode ser de forma alguma em português”, explica.

Fábio Esperon lamenta as barreiras detectadas em Alagoas quando o assunto é doutorado. “Aqui não temos a oportunidade e isso entristece. Porque muita gente quer fazer esse investimento pessoal e tem de se deslocar para outros lugares seja no Brasil ou fora”.

Quanto à validade do diploma do curso feito na Argentina, aqui no Brasil, ele relata o que acontece no momento.

“Em Alagoas ele não é reconhecido. No Brasil os estados de Rondônia e Paranã aceitam porque têm decreto de lei que normatiza isso. Nosso estado é super atrasado e estamos pleiteando para que os parlamentares se envolvam e consigam ajudar nesse sentido. Vamos procurá-los e tentar fazer como os outros estados”, afirma o policial civil.

Porém, mesmo sem Alagoas aceitar, ainda, o diploma argentino, os alagoanos têm uma brecha. Eles podem enviá-lo ao estado que já acata e depois esperar o retorno que fica já com validade em território brasileiro.

“Mas, o bom seria que avançássemos e não precisássemos desse processo todo”, conclui Fábio Esperon. Sobre o reconhecimento da universidade, ele afirma. “A Universidad de Morón é reconhecida, ao contrário da UBA. Inclusive, alguns amigos nossos que iniciaram nessa última pensam em migrar para a que estamos”.

Sobre o convívio com os estrangeiros ele fala das dificuldades iniciais, mas assegura que depois tudo fica fraternal. “No começo as pessoas estão cheias de vaidades, mas logo em seguida vão se adaptando e se entrosam, Vamos dividindo os trabalhos, os esqueletos das teses e aí tudo fica num clima bem fraterno”.

Em Moron a maioria dos alunos é do Brasil, Chile e Estados Unidos . Com Esperon também iniciaram o doutorado a policial civil Rejane Galvão e o agente penitenciário Felipe Campos.