Caso Kelly: perito do IC conclui e entrega laudo sobre morte de assessora da Defesa Civil

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Na tarde desta sexta-feira (19), o perito José Veras, do Instituto de Criminalística (IC) concluiu e entregou o laudo sobre a morte da assessora da Defesa Civil de União dos Palmares, Cleria Lilian Vilas Boas. Após análises, está mais que comprovado o óbito por esganadura (estrangulamento).

No laudo, Veras confirma que “há sinais externos característicos de esganadura por asfixia mecânica”. Ou seja, foram usadas as mãos e os dedos para o ato. Segundo o perito havia no corpo de Kelly lesões/escoriações.

“No pescoço e na região quadricular tinha marcas visíveis de unhas. A hipótese mais provável é de que houve homicídio”, ressalta o perito.

Também parte da língua de Cleria Lilian, como era conhecida, estava para fora e havia sangue abaixo da língua. Tambpem foi mencionada no laudo a posição em que Kelly se encontrava, com uma das mãos dentro da calcinha como se protegendo de um possível ataque.

O laudo foi entregue no setor do próprio IC responsável pelo recebimento dos concluídos e deve ser enviado ao delegado Valdeks Pereira na segunda-feira.

Na terça-feira passada (16) o delegado recebeu o laudo cadavérico assinado pelo médico-legista José Buarque que deu a causa mortis como ‘indeterminada’. O resultado foi prejudicado por conta do estado avançadíssimo de putrefação em que se encontrava o corpo após quase 72 horas sem ser necropsiado.

No entanto o delegado fez uma revelação, a de que Alexsandro Gomes que jurava inocência teria confessado o crime e narrado detalhes e os motivos pelos quais decidiu esganar a ‘amiga’.

O caso

Kelly foi encontrada morta no dia 28 de março em um dos quartos da casa da tia, em União dos Palmares. Ela teria passado a noite em um posto de combustíveis bebendo com Alexsandro que pediu para pernoitar no imóvel. Os dois ainda continuaram a beber na casa da tia da vítima, mas por volta das 3h da manhã a dona da casa percebeu a ausência dele. Porém não imaginava que pudesse ter ocorrido uma tragédia.

Versão do réu confesso

Segundo o delegado, Alexsandro, ou Alex como é conhecido, teria relatado que muito embriagada Kelly teria se insinuado e queria manter relação sexual com ele. O mesmo havia se recusado e sido provocado com palavras de baixo calão que desabonariam a sua masculinidade. “Razão pela qual, disse ele, subiu na vítima e apertou o pescoço. Ao perceber que havia ficado descordada, resolveu ir embora”, explicou Valdeks Pereira.

Apesar da versão de Alexsandro Gomes há controvérsias. Kely, pelo que todos sabem tinha outra opção sexual; outra, a posição na qual foi encontrada pelos peritos do IC dava a impressão de que se defendia de um ataque.

Na próxima semana, o delegado Valdeks Pereira deve se manifestar a respeito.