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natalia souza
A situação financeira da usina Laginha Industrial S/A, que pertence ao Grupo João Lyra, continua indefinida em Alagoas. Isso porque a "exceção de suspeição" do juiz Marcelo Tadeu, relator do decreto de falência do grupo em setembro de 2012, que sugere que o magistrado não é isento para apreciar o caso, só deve ser julgada na próxima terça-feira (16).
Enquanto isso, segundo o TJ, todos os processos em relação ao grupo (incluindo o decreto de falência), que tramitam na 3ª Câmara Cível do tribunal estão sobrestados, ou seja, suspensos.
O relator do processo foi o juiz convocado por meio de sorteio eletrônico, Marcelo Tadeu, que substituía a desembargadora Nelma Padilha (hoje, aposentada). Há outros dois processos tramitando em que o juiz é relator.
Na época do decreto, os advogados da Laginha Industrial ingressaram no TJ com o processo alegando a “exceção de suspeição” em desfavor do juiz Marcelo Tadeu. Eles afirmaram que o juiz havia uma inimizade entre o juiz e o usineiro.
O processo que julga o pedido de exceção de suspeição do juiz foi distribuído para o então presidente do TJ, Sebastião Costa Filho, que deve submeter seu voto ao Pleno da Corte na próxima terça-feira.
A reportagem do G1 tentou contato com o juiz Marcelo Tadeu, mas seus celulares estavam desligados. Já o Grupo JL não se pronuncia sobre o assunto.
Integrantes de movimentos agrários em Alagoas ocupam nove fazendas do grupo desde o início do mês de abril. Eles pedem mais agilidade no processo da reforma agrária no estado. Segundo os acampados, o momento da crise do grupo, que tem pendências trabalhistas com os trabalhadores rurais é fundamental para a negociação da terra.