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Alagoas
12/04/2013 08:41:10

Registro de casos de tuberculose preocupa gestores da saúde de AL

Registro de casos de tuberculose preocupa gestores da saúde de AL
Hospital Helvio Auto em Maceió

G1-Al //

tv gazeta

 

Gestores da saúde do estado e do município de Maceió realizaram, nesta terça-feira (11), um seminário para discutir as ações que devem ser tomadas para reduzir os casos de tuberculose em Alagoas. Na ocasião, também foi discutida a importância da continuidade do tratamento para os pacientes.

Os números da doença no estado preocupam. Este ano, 56 casos já foram confirmados no Hélvio Auto, destes, oito óbitos foram contabilizados. De acordo com o médico infectologista Gilberto Lima, mais da metade dos pacientes também é portadora do vírus HIV.

“São pacientes que chegam desnutridos e muitos desidratados. Todo paciente que chega a gente pede o exame de HIV. De 30 a 50% destes pacientes têm essa coinfecção: tuberculose e Aids”, explica.

A tuberculose também está associada as condições de vida da população. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas, a maioria dos casos no estado são notificados nas famílias mais pobres. Além disso, outro fator que preocupa é que mesmo com as chances de cura e com os remédios disponibilizados pelo Ministério da Saúde, muitos pacientes ainda resistem e abandonam o tratamento", expõe o infectologista.

“A grande maioria que se encontra internada é gente que abandona o tratamento e retorna várias vezes para unidade da saúde quando os sintomas pioram”, completa o médico.

 

Sintomas
Aqueles que apresentarem tosse por mais de três semanas acompanhadas ou não de febre, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço ou dor no peito, podem estar contaminados. O tratamento dura no mínimo seis meses e deve ser continuado mesmo com o desaparecimento dos sintomas.

No ano passado, mais de mil novos casos da doença foram registrados em Alagoas. O número, entretanto, pode ser bem maior, já que nem todos os casos foram detectados.

A dona de casa Edite, de 80 anos, está internada há três dias com a doença. A filha da idosa, Salete Viana, conta como a mãe vem enfrentando as doenças, "Começou com uma tosse que não parava. Ela tomava remédio, mas não melhorava, e depois começou a reclamar da garganta, e também de dores na barriga. Mas ela agora está melhor", relata Salete.

De acordo com a superintendente de vigilância em saúde da Sesau, Sandra Canuto, o estado e o município não estão cumprindo seus deveres. “O que acontece hoje é que alguns municípios não estão fazendo o mínimo do que deveria ser feito. O Estado tem o papel de coordenar o sistema, capacitar os profissionais, e a gente precisa que os municípios também se engajem na assistência e na vigilância dos casos de tuberculose”, cobra.