gazetaweb //
thiago gomes
Cerca de 120 famílias ligadas a movimentos agrários ocuparam, desde o início da
manhã desta quinta-feira (28), duas fazendas, cujas terras pertencem à Usina
Laginha, do Grupo João Lyra. Os trabalhadores rurais têm a intenção de
permanecer no local e já armam barracos para a instalação e dizem que tomaram a
medida para pressionar o Poder Público a destinar as referidas áreas para
reforma agrária.
Integrantes do Movimento Via do Trabalho (MVT) e Luta
pela Terra (MLT) se instalaram em trecho das fazendas Sapucaia e Caípe,
localizadas às margens da rodovia, entre os municípios de Branquinha e União dos
Palmares, que têm aproximadamente 600 hectares. As localizadas ficam bem
próximas do assentamento Eldorado dos Carajás, em Branquinha.
Na opinião
do líder do MVT, Marcos Antônio da Silva, o Marrom, as áreas que pertencem à
usina não estão sendo utilizadas e poderiam ser oficializadas, junto ao
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para fins de
reforma agrária. “Queremos pressionar o Incra, Ministério do Trabalho e governo
do Estado para que dê o destino correto a essas terras da usina. Além disso,
estamos solidários aos trabalhadores da usina que estão sem receber os
salários”, comentou.
Além das famílias, a ocupação tem o apoio do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade de Branquinha.
A assessoria
de imprensa do Grupo João Lyra disse que foi informada da ocupação e a direção
estaria tentando resolver o impasse com os trabalhadores.