Conjunto residencial Newton Gonçalves Pereira em União com menos de um ano de uso já apresenta problemas de estrutura

Uma comissão de moradores do Conjunto Residencial Newton Pereira na periferia de União dos Palmares que foi construído para repor as casas perdidas pelos desabrigados na cheia de 2010, inaugurado há um ano passado, procuraram a redação da TRIBUNA DE UNIÃO para denunciar várias falhas absurdas e facilmente percebidas que tem causado danos a economia e a saúde dos moradores, a começar pelo sistema de esgotamento sanitário que atualmente está entupido.

Uma senhora que falou sob a condição do anonimato colocou que ‘a falta de água é constante e as pessoas reclamam do SAAE. É certo que o serviço de água não é perfeito, mas no caso do Newton Pereira a culpa é de uma caixa d’água construída as pressas que desde a inauguração vaza e das ligações residenciais que são expostas a flor da terra e, portanto fáceis de quebrar e de apresentar vazamentos’.

Na rua principal de acesso ao Bairro pode-se verificar o calçamento que parcialmente cedeu, obrigando inclusive uma das vias a ser interditada. O fato pode ser registrado em quase todas as quadras naquele conjunto que seria a redenção dos desabrigados e construído com o dinheiro do próprio contribuinte.

Feito baseado em medidas extremas de economia (ninguém sabe o custo do material empregado na obra e se foi de boa qualidade, pois aparentemente não houve fiscalização), porém as casas foram entregues, fato que rendeu intensa propaganda política para muita gente principalmente a membros do governo estadual que pretendem concorrer na eleição de 2014.

Algumas casas entregues já estão sendo reformadas, o que demonstra que não atendem as necessidades de quem, por exemplo, tem uma família com quatro, cinco filhos, e as pessoas de menor renda têm que improvisar, pois somente existe em casa um banheiro, uma cozinha, dois pequenos quartos e uma sala com dimensões pequenas inservíveis para uma família grande.

Isto sem falar no comércio ilegal e paralelo das casas. Algumas já foram sublocadas a especuladores e aos poucos os ribeirinhos já tentam voltar para seus lugares de origem na margem do Rio Mundaú. Alguns deles moravam nas ruas atingidas em casas alugadas, e outros, afilhados de políticos nunca foram atingidos pela enchente.

Tudo isto assomado ao clima de violência pela concentração de pessoas de vários níveis, inclusive de marginais e traficantes, sem vigilância policial, o Bairro Newton Gonçalves Pereira esta se tornando mais um desafio para as autoridades. O núcleo residencial com 2020 casas foi construído pela empreiteira SANCO e o custo, segundo os observadores foi elevado: um montante de R$ 82.819.995,52.

Comenta-se que no contrato da construtora, há um prazo de cinco anos para manutenção do conjunto habitacional, ou seja, durante esse período, qualquer problema na estrutura do residencial é de responsabilidade da SANCO.

antonioaragão //