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Alagoas
09/03/2013 07:25:23

Governo do Estado é alvo de críticas por baixo efetivo da PM no interior

Governo do Estado é alvo de críticas por baixo efetivo da PM no interior
Foto Ilustrativa

correiodealagoas //

 

não tem viatura na cidade.

“Estamos sem a viatura há 15 dias, foi para conserto, em Maceió, e não retornou. Na cidade só existem dois policiais militares compondo o efetivo no município. A culpa é do governo do Estado que não se mobiliza para acabar com a violência, não tenho culpa nenhuma dessa violência”, afirmou o prefeito, ao tratar sobre o sequestro do estudante.

 

A denúncia do prefeito, foi contestada pelo comandante da 1ª Cia Independente de São Miguel dos Campos, capitão PM Rivaldo, que chamou o gestor do município de “mentiroso” e alegou que outra viatura foi entregue ao Grupamento da Polícia Militar (GPM) desde a semana passada. “O prefeito está mentindo. Realmente a viatura esteve baixada e veio para conserto em Maceió, no entanto, na semana passada fizemos a substituição e mandamos outra para o GPM da cidade. O problema é que só temos dois pm’s para cobrir o município”.

 

A situação se complica em Anadia, já que a cidade tem apenas 17 mil habitantes ficando praticamente impossível garantir segurança com apenas dois policiais por dia. Em Igaci a situação se repete. A Companhia que é ligada a Palmeira dos Índios também sofre com o baixo efetivo, e precisa dar conta da segurança de aproximadamente 25 mil habitantes.

 

Indignado com a situação, um militar que integra a Companhia comentou que a situação é um risco para os policiais, que muitas vezes tem que escolher que ocorrência atender. “O que aconteceu na madrugada desta sexta-feira é o exemplo do problema que enfrentamos. Somos apenas três policiais todos os dias para atender tudo que ocorre na cidade, muitas vezes temos que pedir reforço em Palmeira dos Índios ou escolher que ocorrência atender”, relatou.

 

Os policiais que estavam de plantão na madrugada teriam sido enganados por criminosos ao acionarem a guarnição para um suposto homicídio que ocorria num sitio distante cerca de uma hora do Centro da cidade. Os militares chegaram a desconfiar, mas como se tratava de uma vida, resolveram atender o chamado, que culminou com o abandono do município.

 

“Se tivessem mais policiais a situação seria diferente. Enquanto uma parte atende a ocorrência na rua, a outra fica na cidade. Isso é um descaso e um risco para quem trabalha no interior. Mas, não tínhamos o que fazer nessa última ocorrência, estávamos indo salvar uma vida, senão atendêssemos a ocorrência e fosse verdade, alguém morresse a culpa seria nossa”, comentou.

 

PM: O número baixo de efetivo na Polícia Militar foi confirmado pela assessoria de comunicação da Corporação, que não soube precisar o número exato necessário para suprir a carência. A informação do órgão é que a cada ano saem 200 militares, e que seriam necessários a contratação de 300 novos policiais. “É público e notório que a polícia Militar sofre com a carência em seu quadro, e que existe a situação de vulnerabilidade no interior.

 

Mas, estamos traçando um planejamento e tentando que o Governo Estadual entenda que é necessária a contratação a cada ano, para suprir essa situação”, comentou major Amorim, assessor da PM.