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A proposta para reestruturação do grupo Eletrobras formatada pela empresa
contempla a possibilidade de "alienação de ativos" na área de distribuição,
disse o diretor-financeiro, Armando Casado de Araújo nesta terça-feira, 05. "A
discussão está em torno das distribuidoras", afirmou Casado, ao chegar ao
Congresso Nacional para participar de audiência pública sobre mudanças na Conta
de Desenvolvimento Energético.
Casado não deu um prazo para conclusão do
plano, que ainda tem que ser apreciado pelo governo federal, controlador da
companhia.
O plano de reestruturação envolve uma proposta ampla de busca
de eficiência, que inclui também um plano de demissão voluntária, conforme já
havia sido cogitado pelo governo.
Redução
de Custos
As distribuidoras localizadas no Norte do país (Acre,
Amazonas, Alagoas Piauí, Rondônia, e Roraima) acumulam prejuízos seguidamente e,
de acordo com a própria Eletrobras, só deveriam ser rentáveis a partir de
2014.
Em fevereiro, o presidente da companhia, José da Costa Carvalho
Neto, já havia anunciado que pretendia reduzir os custos em 30% e aumentar
receitas também em 30%. Carvalho Neto também já havia dito que o plano estaria
pronto em 30 dias. Seriam necessários 15 dias para formulação do plano pela
empresa e apresentação ao MME (Ministério de Minas e Energia) e outros 15 dias
para avaliação do governo.
A empresa está desde o ano passado elaborando
o novo plano de negócios para adequar sua estrutura de despesas à nova realidade
de mercado. Ao renovar as concessões que venceriam entre 2015 e 2017 por mais 30
anos em dezembro do ano passado, a Eletrobras aceitou reduzir substancialmente o
preço recebido pela geração de energia de suas usinas --o que, por consequência,
vai afetar o faturamento da companhia a partir deste ano.