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bruno martins
A vigília realizada pelo Movimento Unificado dos Militares de Alagoas que iniciou na noite desta segunda-feira (04) segue a todo vapor. Os militares trouxeram barracas para dormir em frente à Secretaria de Estado da Gestão Pública (Segesp) até que a reunião aconteça e as reivindicações sejam aceitas.
A categoria busca sensibilizar o Governo de Alagoas para que o realinhamento proposto no ano passado seja cumprido melhorando as condições do combate à violência no Estado. Os militares vem negociando com o Governo desde 2012. Três propostas já foram feitas, mas não agradaram.
O sargento Teobaldo de Almeida, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), afirmou que em reunião marcada para esta terça-feira (05) a assembleia da categoria deve receber a tabela de propostas do Governo para definir a aprovação ou não do realinhamento.
“Não estamos tão longe de entrar em acordo. Queremos que a forma de pagamento que deveria ter sido liquidada até abril de 2013, seja resolvida até junho deste ano. A última proposta que recebemos é para abril de 2014”, afirmou.Teobaldo informou que a mobilização está grande. “Companheiros do interior já confirmaram a vinda até Maceió para participar da passeata que será realizada as 15h desta terça”.
O Sargento Ramalho, do Corpo de Bombeiros, ressaltou que o papel de conscientizar a categoria está sendo feito. “A aceitação está melhor do que era esperado. Temos um bom número de bombeiros, oficiais e praças, homens e mulheres e até as esposas dos militares estão apoiando o movimento”.
Wagner Simas, sargento da Polícia Militar, também ressaltou a motivação da tropa e afirmou que o Governo tem tratado os oficiais com descaso. “O secretário Alexandre Lages pediu por meio da secretária adjunta que a reunião desta terça fosse remarcada para o dia 19. Se isso acontecer ficaremos acampados aqui até lá”, falou.
“Nós entendemos a dificuldade em reajustar as categorias. Mas vemos um desleixo do Governo. Não temos como melhorar o desempenho sem valorização”, disse Simas. Caso as necessidades dos militares não sejam satisfeitas, o pior pode acontecer. “Cada rasteira que o Governo nos dá, ficamos mais próximos do aquartelamento”, completou Wagner Simas.
A vigília iniciou às 18h desta segunda-feira e só terminará quando os termos propostos pelo Governo de Alagoas sejam aceitos pela associação da categoria. O presidente da ASSMAL espera que a reunião com a secretária adjunta Ricarda Calheiros realmente aconteça. A passeata ocorrerá as 15h da tarde nas ruas do Centro.
“Vamos fechar a Rua Barão de Penedo para que o Governo do Estado olhe para nós e saiba dos nossos direitos”, disse Teobaldo de Almeida mais cedo à reportagem do Tribuna Hoje.