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Maceió
01/03/2013 07:12:13

Militares realizam ato de protesto no Centro por realinhamento salarial

Militares realizam ato de protesto no Centro por realinhamento salarial
Sargento Teobaldo quando falava aos colegas militares

tribunahoje //

rivison batista

 

Um ato de protesto de policiais e bombeiros militares tomou a Praça Marechal Deodoro, no Centro de Maceió, na tarde desta quinta-feira (28). Os militares reivindicam o alinhamento da tabela de subsídio da categoria. Uma passeata pelas ruas do centro da cidade estava agendada para a tarde de hoje, mas, devido ao número insuficiente de servidores, não foi realizada.

 

De acordo com o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), sargento Teobaldo Almeida, a passeata será realizada na próxima terça-feira (5), a partir das 15 h. “Vamos fechar a Rua Barão de Penedo, aqui no Centro, para que o Governo do Estado olhe para nós e saiba dos nossos direitos”, falou o sargento Teobaldo, ainda discursando no microfone. “Hoje estamos com cerca de cem militares aqui na praça, mas, no dia cinco, vamos trazer nossos companheiros que não puderam comparecer e vamos realizar o ato pelas ruas do Centro”, completou o sargento.

 

Falando à reportagem do Tribuna Hoje, o sargento Teobaldo explicou a situação. “O realinhamento salarial deve ser feito para militares que possuem a patente de cabo até coronel. Para soldado, já teve esse reajuste. Quem é cabo está ganhando cerca de R$ 20 a mais do que um soldado. O realinhamento pede que essa diferença seja de R$ 500”. Ainda de acordo com o sargento, na semana passada o Governo apresentou uma contraproposta, mas que acabou não sendo aceita pelos militares. A proposta do Estado seria para dividir o realinhamento até o ano de 2014, o que acarretaria um prejuízo para os militares por causa da inflação até lá.

 

“É preciso valorizar a classe militar pela situação de violência em que se encontra o Estado de Alagoas. Nós damos nosso melhor para defender a sociedade e ganhamos pouco por isso”, desabafa Teobaldo Almeida. “O policial que ganha mal não tem tranqüilidade para trabalhar. Fica pensando na escola do filho para pagar, na alimentação que vai por em casa. Depois tenta fazer um bico para não se corromper no processo negativo da sociedade”, fala o sargento.

 

Na segunda-feira (4), será realizada uma vigília a partir das 18 h na porta da Secretaria de Gestão Pública (Segesp), no Centro. Se depois do ato no dia 5 de março, o governo não atender a proposta de realinhamento salarial, sargento Teobaldo afirma que um batalhão da Polícia Militar do Estado de Alagoas será escolhido para funcionar em regime de “policiamento legal”. “O que é o policiamento legal? É a forma da polícia atuar dentro dos padrões do Governo. Hoje, muitas viaturas que rodam a cidade têm farol quebrado, muitos motoristas não são qualificados para dirigir veículos militares de grande porte, mas mesmo assim essas viaturas rodam pelo Estado e esse indivíduo dirige o veículo. Muitos policiais, hoje, vão trabalhar com a própria arma, porque o Estado não disponibiliza armamento necessário para todos. O policial faz isso por amor à profissão. Então são essas coisas que não podem acontecer e, se o realinhamento não for atendido, elas realmente não vão acontecer e vai faltar uma parcela da segurança pública para a população por causa disso”, afirmou o sargento. São esperados cerca de 500 militares para o protesto no dia 5 de março.