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Política
27/08/2025 08:00:00

PT afirma que Trump quer derrotar Lula em 2026 e usará inteligência artificial em ofensiva

PT afirma que Trump quer derrotar Lula em 2026 e usará inteligência artificial em ofensiva

O Partido dos Trabalhadores divulgou neste sábado (23) uma resolução política na qual afirma que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende influenciar as eleições brasileiras de 2026 para derrotar Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o documento, a estratégia americana envolverá o uso intensivo de redes sociais e ferramentas de inteligência artificial.

“O que Trump e seus aliados da direita brasileira pretendem, e não terão êxito, é derrotar, nas eleições de 2026, o projeto de desenvolvimento nacional que estamos consolidando sob a liderança do presidente Lula”, diz o texto, que foi a primeira deliberação do diretório nacional após a posse de sua nova direção.

De acordo com a legenda, a soberania do Brasil estaria sob ataque. O partido relaciona as tarifas impostas por Trump a produtos brasileiros às investigações contra Jair Bolsonaro e também às sanções aplicadas a ministros do Supremo Tribunal Federal, em especial Alexandre de Moraes.

Para o PT, o centro dessa ofensiva ocorrerá por meio de uma “guerra híbrida”, caracterizada pela difusão de teorias da conspiração, discursos de ódio e desinformação em grande escala nas plataformas digitais, reforçando a defesa de uma regulação para as redes.

O texto ainda cita o que classifica como “ataques sistemáticos” dos Estados Unidos contra governos progressistas e descreve a disputa política atual como uma “batalha prolongada contra o fascismo”.

O anúncio coincidiu com a conclusão da escolha da nova executiva nacional, que será presidida pelo ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, até 2029. Entre os planos imediatos, o partido anunciou mobilizações no 7 de Setembro para fazer frente às manifestações previstas por apoiadores de Bolsonaro, cujo julgamento no STF começará no dia 2. “Estamos convocando o 7 de Setembro para que ele seja nacional, ocorra em todos os estados”, declarou Edinho em entrevista em Brasília.

O dirigente também destacou que o PT buscará ampliar a federação partidária, hoje formada por PT, PCdoB e PV, tentando atrair legendas do centrão, apesar do movimento de afastamento dessas siglas em direção à direita e de negociações para apoiar nomes como o governador paulista Tarcísio de Freitas.

Na nova composição da executiva petista, foram definidos cinco vice-presidentes: Jilmar Tatto, Joaquim Soriano, José Guimarães, Rubens Junior e Washington Quaquá. Houve disputa interna em torno da secretaria de comunicação: Tatto, que queria permanecer no cargo, acabou deslocado para a vice-presidência, enquanto Eden Valadares assumiu a área. Gleide Andrade foi mantida nas finanças, Henrique Fontana seguirá como secretário-geral, e Laércio Ribeiro assumirá uma das posições de maior destaque na estrutura nacional da legenda.