Com um avanço maior dos grupos de alimentação e bebidas, além das despesas pessoais, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,39% na análise de novembro. O resultado, no entanto, foi menor do que o registrado no mês anterior, quando a inflação oficial cresceu 0,56%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo alimentação e bebidas registrou a maior variação, com 1,55%, contribuindo com 0,33 ponto percentual para a alta do índice geral, com as carnes entre os maiores vilões. Em seguida, o grupo transportes subiu 0,89%, adicionando 0,18 ponto percentual, enquanto as despesas pessoais avançaram 1,43%, com impacto de 0,14 ponto percentual.
A professora Hellen de Jesus, moradora do Plano Piloto, reclamou do aumento do preço das carnes e revelou que pesquisa os lugares mais baratos para comprar certos cortes bovinos. “O poder de compra está só diminuindo, de maneira geral. Eu acho que não só a carne, mas a gente percebe o aumento de outros alimentos, principalmente da cesta básica. Acho que a gente vai ter que começar a comer ovo”, disse a professora.
Já a aposentada Maria de Fátima, moradora do Cruzeiro, disse que está cada vez mais difícil conciliar as despesas do mês com o aumento no preço dos alimentos. “O meu salário de dezembro já acabou. Eu nem comprei nada para a ceia, para nada. Você tem que comprar uma toalha para enfeitar, tem que comprar um presentinho, uma coisinha para dar para o neto, e aí já foi”, desabafou.