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02/12/2017 14:28:59

Ex-deputado Cícero Ferro foi condenado em ação resultante da Operação Taturana


Ex-deputado Cícero Ferro foi condenado em ação resultante da Operação Taturana
Assembleia Legislativa de Alagoas

Gazetaweb - Nos desdobramentos da Operação Taturana, que apurou desvios na ordem de R$ 302 milhões da Assembleia Legislativa de Alagoas, o então deputado Cícero Ferro foi condenado pela Justiça Estadual, em 2012, ao pagamento de multa civil no valor de R$ 1,4 milhão. Ele estava recorrendo da sentença. 

Ao todo, 15 indiciados nesta ação tiveram que devolver mais de R$ 4,2 mil por operações irregulares de empréstimos envolvendo as contas do Poder Legislativo.

A condenação do grupo foi decidida pelos juízes que compunham a força-tarefa constituída pelo Tribunal de Justiça de Alagoas com o objetivo de desafogar as ações de improbidade administrativa.

As condenações eram compostas por sentenças, proferidas em ações distintas: uma diz respeito a operações de empréstimo referentes ao Banco Bradesco Prime e a outra, às operações realizadas no Banco Rural.

Na primeira, as operações envolviam os deputados, nominalmente, e tinham como garantia recursos públicos. Na segunda, as operações envolviam cheques da própria Assembleia, beneficiavam os deputados e deveriam ser quitados com a verba de gabinete.

Na primeira, o valor definido na sentença judicial era de R$ 2.290.271,80; a metade referente à multa civil imposta pela Justiça a Cícero Ferro. O total a ser devolvido pelos sentenciados que constam da segunda ação era de R$ 1.976.966,27. 

"PIADA"

Ano passado, Ferro e mais 22 pessoas, sendo testemunhas do processo e acusados, foram convocadas a prestar esclarecimentos à Justiça por irregularidades detectadas na Assembleia Legislativa. Na época, o ex-deputado classificou como uma piada as suspeitas que recaiam sobre ele.

"Dizem que a Assembleia Legislativa desviou R$ 300 milhões em quatro anos. O duodécimo da Assembleia era R$ 7 milhões por mês e se somar os quatro anos daria R$ 334 milhões. Como é que a Assembleia pagava as despesas, nunca atrasando e ainda desviava? Isso é uma grande piada. Nunca existiu isso", disparou, quando foi questionado pela imprensa.

De acordo com o ex-parlamentar, o Banco Rural nunca pagou um cheque dado pela ALE. Ele explicou que os deputados fizeram um convênio com o banco para que pudesse tirar um empréstimo. E confirmou que fez empréstimo e dava o cheque como garantia. Explicou que o deputado prestava conta da sua verba de gabinete e o dinheiro fazia o que queria quando estivesse na conta. E garantiu que nunca foi descontado um cheque para pagar empréstimo de deputado.

Ele também desafiou o MPE para que apresentasse o extrato do Banco Rural que contém os cheques que foram descontados. 

 



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