com tudonahora // assessoria
A praga do coco está aterrorizando os produtores do litoral Sul de Alagoas. Em Feliz Deserto, dados da Secretaria de Agricultura mostram que dez coqueiros são cortados por propriedade a cada mês, causando sérios prejuízos à economia local, que é baseada na extração do coco.
Para combater o avanço da praga, o Rhynchophorus Palmarum, inseto conhecido popularmente como broca-do-coqueiro, um projeto está em andamento no município. Ele consiste no cadastro dos produtores e na montagem de armadilhas nas quais são aplicadas pequenas quantidades de feromônios, substâncias químicas que, captadas por animais de uma mesma espécie, atraem sexualmente os indivíduos. “Estamos usando como armadilhas baldes com pequenas aberturas por onde o cheiro do feromônio será expelido, atraindo os insetos pelo odor da substância, assim eles entram no pequeno orifício da armadilha e de lá não conseguem mais sair”, explicou Lessa.
O prefeito do município Maykon Beltrão e o secretário de Agricultura, Emmanuel Lessa, enfatizaram que o método adotado é pioneiro em Alagoas, já que sua realização no Estado teria sido posta em prática somente em fase experimental. “Estamos tentando resolver o problema o mais rápido possível para que os produtores não sejam mais prejudicados”, ressaltou o prefeito.
“O nematóide do anel vermelho tem causado vários danos à produção de coco local, uma das principais fontes de renda da cidade, fato que objetivou a criação de um projeto de combate ao inseto causador da praga”, enfatizou o secretário.
“A estratégia adotada não irá pôr um ponto final no problema, mas, por conta da considerável diminuição populacional do inseto, o nematóide do anel vermelho vai deixar de ser praga para tornar-se um problema de proporções controladas, e toda a estrutura para a resolução do citado mal está sendo disponibilizada pelo prefeito Maykon Beltrão”, afirmou o secretário, completando que o período de cadastramento dos produtores irá vigorar até o final de fevereiro quando, a partir de então, serão realizados os trabalhos de campo com a instalação das armadilhas e orientação aos produtores.