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13/01/2010 00:00:00

Politíca

Politíca

com cadaminuto //

O Cadaminuto dá início a uma série de entrevistas a postulantes a Câmara e ao Senado Federal como representantes de Alagoas e esteve na sede do Grupo João Lira e foi recebido pelo proprietário e hoje pré-candidato a deputado Federal, de forma descontraída João Lira não se esquivou das perguntas e falou do seu futuro político, de sua campanha em 2006 e da forma que ele vê o futuro do Estado de Alagoas, acompanhe a entrevista:

Cada Minuto – Depois de ser deputado federal e de perder de forma surpreendente para o governo do Estado, muitos diziam que o senhor não iria mais se dedicar a política, o que o fez ser mais uma vez candidato?

João Lyra – Na verdade eu nunca abandonei a política, mesmo de longe e a frente das minhas empresas sempre, estou acompanhando o que se passa no meu Estado, conversando com as pessoas na capital e no interior e isto é fazer política

CM – O senhor é candidato a deputado federal?
JL – Na verdade sou pré-candidato né, mas acredito que fiz um bom primeiro mandato como deputado e acredito que posso contribuir ainda mais trazendo dinheiro e ajudando meu Estado

CM – O governo de Teotônio Vilela adota um discurso que saneou o Estado e que agora o empresário pode investir em Alagoas. O que o senhor acha desta premissa.
JL – Na verdade eu não posso ter uma opinião sobre o governo do Téo neste nível, eu não conheço as contas do Estado nem os motivos que o fazem dizer isto

CM - Mas em relação a outras áreas, como a segurança, por exemplo,
JL – Bom aí não tem como não falar, é um absurdo, todos estão cansados disto, todo dia é um caso novo nos jornais, ninguém agüenta mais isto

CM – O senhor é considerado uma peça importante na composição de um grupo de oposição ao governo Teotônio Vilela, qual realmente é seu papel neste contexto
JL – Não sei se tenho um papel tão importante assim, acredito que chegou a hora de juntarmos todas as forças para buscar melhorias para nosso Estado, o pessoal fala que o grupo é formado por políticos diferentes, não tenho dúvidas sobre isto, mas se todos tem o mesmo objetivo, que mal tem?

CM – O senhor é considerado um grande admirador do presidente Lula?
JL – O Lula é o maior presidente que este país já teve desde o Juscelino Kubitscheck, isto eu falo na área de realizações, pois em outros setores ele é ainda melhor, o nosso presidente conseguiu atingir todos os setores da sociedade e é quase uma unanimidade que ele fez um governo inesquecível.

CM – Voltando a situação política de Alagoas,muitos dizem que o senhor traído na reta final de sua candidatura ao governo em 2006,o senhor tem este sentimento?
JL – De forma alguma, não me sinto traído , também não acredito que ninguém tenha me abandonado, eu não guardo nenhum rancor daquela campanha anão ser o sentimento de injustiça em relação as urnas

CM – O senhor volta a firmar que houve fraude nas eleições
JL – Disto eu não tenho dúvidas, eu fui derrotado pelas máquinas e não pelos votos

CM - Então isto pode se repetir em 2010?
JL – Agora acho que não, o meu caso serviu para eles fazerem uma reforma no sistema, teve reavaliação biométrica e outras mudanças, ninguém vai nunca admitir mas os erros nas urnas em Alagoas durante a minha eleição mudou todo o sistema para as próximas eleições, nós servimos de bode expiatório

CM – O Cicero Almeida e até o Renan disse que o senhor seria um bom candidato ao governo, O senhor ventila esta possibilidade?
JL – Foi o que eles disseram, é pensamento deles, mas em política a gente não pode descartar nenhuma hipótese, tudo pode acontecer, mas hoje sou pré- candidato a deputado federal.

CM – Vamos perguntar o que senhor acha de algumas personalidades políticas aqui de Alagoas, começaremos com Ronaldo Lessa?
JL – Um político forte, um nome consistente para disputar qualquer cargo

CM – Cicero Almeida?
JL – Um grande administrador, o melhor prefeito que Maceió já teve

CM – Teotônio Vilela
JL – Não tenho muito contato com ele, mas posso dizer que é um homem decente

CM – Fernando Collor de Mello
JL – Um velho conhecido herdou dos pais o gene da política e até hoje sabe usar muito bem o seu prestígio.

CM – Por fim, quais as causas que podem ser apontadas para Alagoas continuar com os piores índices sócio-econômicos do Brasil? O que falta a nossos políticos?
JL – Falta naturalmente o exercício da competência, sem uma gestão competente nenhuma empresa vai para frente nem a sua, nem a minha e muito menos o Estado de Alagoas.