Os resultados da pesquisa são descritos na revista científica norte-americana ACS Applied Bio Materials, publicada nos Estados Unidos. Os pesquisadores realizaram testes in vitro em laboratório, usando células normais e infectadas, com o fingolimode, um fármaco tradicionalmente utilizado para tratamento da esclerose múltipla. “O objetivo dos estudos é o reposicionamento de fármacos para terapia da covid-19 usando nanotecnologia”, afirma o professor Valtencir Zucolotto, do IFSC, coordenador do estudo. “Isso é feito através da incorporação do fármaco em nanocápsulas poliméricas para construir um novo sistema de entrega controlada com mais eficácia, um campo de pesquisa conhecido como nanomedicina.”
De acordo com o professor, não houve modificações na molécula do fármaco para os testes com o vírus da covid-19. “O que fizemos foi encapsular o fingolimode em nanocápsulas poliméricas”, ressalta. “Essas nanocápsulas têm cerca de 100 nanômetros (nm) de diâmetro, mil vezes menor que uma célula humana, e por isso podem ser direcionadas às células doentes, aumentando a concentração localizada do fármaco e diminuindo, assim, os efeitos colaterais.”