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29/12/2009 00:00:00

União dos Palmares

União dos Palmares

Da Redação //

 

Um dos coordenadores de uma célula do MST que ocupa a Fazenda “Caititus” na zona rural de União dos Palmares identificado como Josué Marques da Silva procurou na noite desta terça feira (29) o comando do 2º BPM para denunciar que por volta das 20,40 horas, quatro homens armados de revolveres, que ocupavam um veiculo Crossfox de cor preta e placa não anotada, desceram do veículo com as armas nas mãos e sob o argumento de que precisavam conversar com o administrador da propriedade de nome Mário, causaram medo e pânico aos trabalhadores acampados na localidade.

 

Em contato com este noticioso, o capitão José Maria, Oficial de dia da corporação militar disse que assim que tomou conhecimento do fato reuniu uma equipe e se dirigiu ao local e quando lá chegou constatou que mulheres, crianças e idosos ainda retornavam de um matagal nas proximidades, para onde se refugiaram temendo que fosse acontecer uma matança.

 

“Embora o clima fosse de expectativa e medo por parte dos sem-terra, já estava tudo aparentemente calmo quando chegamos ao local. Conversamos com as pessoas procurando levantar indícios que levassem a localização dos quatro homens, e em seguida fizemos uma varredura nas fazendas que circundam o acampamento, porém não encontramos nenhum vestígio dos supostos pistoleiros” – disse o militar – que finalizou o contato com a imprensa dizendo ainda não saber a intenção dos desconhecidos se ‘pretendiam promover uma chacina, intimidar os sem-terra para desocupar o local ou se realmente procuravam o administrador do imóvel’.

 

A propriedade “Caititus” recentemente vendida pela senhora Marisa Lira membro de tradicional família alagoana, nos últimos dez anos tornou-se um dos locais preferidos dos integrantes do movimento sem-terra para afixar seus acampamentos, sob o argumento de que a propriedade é improdutiva, fato que gerou vários embates judiciais entre os “Sem-Terra” e a então proprietária do imóvel. Vendida recentemente, a fazenda novamente está invadida, cuja atual ocupação mais uma vez será definida pelo Judiciário onde já tramita um processo de reintegração de posse.