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21/12/2009 00:00:00

Saúde

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com agênciaalagoas // josenildo torres

Técnicos dos 19 municípios prioritários para redução da dengue em Alagoas se reuniram nesta segunda-feira (21), no auditório do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), para traçar novas estratégias e evitar possíveis surtos da doença em Alagoas.

A ação preventica ocorre em resposta a alerta do Ministério da Saúde (MS), de que nos primeiros meses de 2010 Alagoas pode ser vítima de uma epidemia. A ocorrência de períodos simultâneos de chuva e sol, torna o clima favorável à proliferação do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da enfermidade.

O propósito de reunir os municípios prioritários, de acordo com a diretora estadual de Vigilância Epidemiológica, Cleide Moreira, deve-se ao fato de que, juntos, eles notificaram 80% dos casos de dengue registrados em Alagoas. Desse total, mais de 55% ocorreram em Maceió.

Durante a reunião, a coordenadora do Programa de Controle da Dengue em Alagoas, Isolda Wanderley, apresentou a situação epidemiológica da doença no Estado. A técnica da Secretaria Municipal de Saúde de Arapiraca, Fátima Ramalho, destacou a experiência da criação do Comitê Municipal de Dengue de Arapiraca.

A técnica da diretoria de Promoção da Saúde, Fátima Lima, apresentou a proposta da Sesau para mobilizar a sociedade e, dessa forma, coibir o aumento das notificações.

De acordo com o último boletim da dengue da Vigilância Epidemiológica, de janeiro até novembro deste ano, foram notificados 5.681 mil casos de dengue, enquanto 2008 foram registrados, durante o mesmo período, 19.546 mil casos.

O médico infectologista da Sesau Celso Tavares chamou a atenção para uma ação simples que pode fazer toda a diferença quanto aos cuidados para evitar a proliferação do mosquito da dengue. “A dengue é uma doença que se prolifera graças ao mosquito Aedes aegypti, que se reproduz ao encontrar latas, copos plásticos e pneus abandonados nas ruas e em residências. Por isso, se faz necessário ressaltar que a doença pode ser evitada, bastando para isso que a população se conscientize de que não jogar lixo na rua, por exemplo, é um comportamento decisivo para evitar uma epidemia”, afirmou.

Ele ressaltou ainda que a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que pelo menos 50 milhões de novos casos de dengue devem ocorrer no mundo, nos próximos anos, principalmente nos países tropicais como o Brasil. ”Esse prognóstico pode ser modificado, caso a população leve em consideração um fator simples, mas capaz de fazer a diferença: a educação doméstica”, recomendou Celso Tavares.