União dos Palmares

antonio aragão//

Conscientes da impunidade já que seguem o exemplo de alguns fazendeiros ricos da região cujas propriedades circundam a “Serra dos Frios” nas zonas rurais de Branquinha e União dos Palmares, que têm interesse em substituir a madeira por plantações de cana e capim, predadores continuam a ação devastadora na mata atlântica dos dois municípios, cujo território até bem pouco passado era superior a 200 hectares.

Como habitualmente acontece na época de estiagem, agricultores utilizam-se do fogo para queimar o que chamam de “soca” da cana de açúcar (que substituíram a arvores centenárias), deixando por um bom tempo o terreno improdutivo para outras lavouras. No final da tarde desta segunda feira (30), a reportagem flagrou mais uma queimada, cuja localização era próxima do que resta da mata, cujo fogaréu era vulnerável a ação do vento e que poderia atingir as arvores centenárias e um incêndio de grandes proporções.

Seguidas vezes a imprensa já denunciou desta natureza,, que por certo tempo recebeu atenção da Promotoria de Justiça, mas o assunto logo foi esquecido. Diariamente dezenas de populares desfilam impunemente pela Fazenda Frios com a madeira extraída da serra, a qual em sua maior parte serve substituir o gás de cozinha.

A madeira de maior porte segundo apurou a reportagem serve para a construção de casas, quando não são utilizadas para fabricação de móveis. Paralelamente a depredação da flora, caçadores inescrupulosos utilizando armas de fogo dizimam a fauna, em um flagrante desrespeito a natureza, cujas atitudes podem, se não houver providencias rápidas por parte dos órgãos governamentais provocar desequilíbrio ecológico na região, fato que paulatinamente vai sendo sentido pela população como a falta de chuvas e a secagem de mananciais de água de vital importância para União dos Palmares.