Os novos membros do Conselho Superior Universitário (Consu) da Uneal tomaram posse nesta quarta-feira e, sem perderem tempo, já deram início ao trabalho. E que trabalho!

Logo de cara o Consu, órgão que representa a instância máxima da instituição para a deliberação das matérias gerais de caráter acadêmico e de política institucional, projeta um longo desafio à cerca dos problemas velhos e novos da instituição de ensino e formação superior. É que nos últimos anos, por repetidas vezes, a Universidade teve que traçar metas e desafios cada vez com menos recursos. É um estica e puxa que não tem fim. Atualmente a dúvida que paira no ar de todos é: Será que a Uneal ainda vai existir (ou resistir) em 2010?

Não sou da turma do quanto pior melhor mas, pelo andar da carruagem, esse motor não chega na próxima estação. O ano de 2010 vai começar com a reitora Laudirege Fernandes tendo que cumprir a Lei e demitir os mais de 160 prestadores de serviço até (no máximo) o final de fevereiro, quando expira o prazo dado pela justiça do trabalho. Pra resolver o problema é necessário que o governo do Estado nomeie os aprovados em concurso. A tarefa não é fácil já que há a informação de que isso não será possível por conta de que Alagoas já estaria ferindo a LRF - Lei de Responsabilidade Fiscal - que controla o gastos mensais com folha de pagamento. Sem poder contar com os servidores a partir de março e sem a nomeação dos aprovados a Uneal vai parar e o ano letivo de 2010 pode não existir.

O presidente de Sindfunesa (sindicato que representa e defende os interesses da Uneal), professor Luiz Gomes, destaca que a turbulência será inevitável e aproveitou a primeira assembleia do novo Consu para convocar a todos para se engajarem na luta em defesa da instituição. Corte de servidores, recursos em queda livre, iminência de aposentadorias de vários professores, desligamento de professores que buscam melhorias em outra instituição, além da falta de infraestrutura dos campi ... Nau à deriva.

O Consu tem uma responsabilidade muito grande com os rumos da Uneal. É preciso conciliar e respeitar as divergências com coragem e determinação, para continuar defendendo os interesses da instituição já que nem sempre o poder público (de várias gerações) não está acostumado a investir no futuro da Nação.

Se Renato Manfredini Junior (Renato Russo) tivesse nascido aqui o refrão daquela canção seria “Que Estado é esse” ?