Da Redação //
Como se não bastassem os constantes “cortes" que acontecem literalmente todos os dias no fornecimento de energia elétrica, na tarde-noite desta terça feira (24) a queda de um poste na Fazenda “Serra da Laje” deixou inicialmente toda cidade sem o potencial energético (por uma faixa de 15 minutos) e em seguida se estendeu por quase três horas aos bairros Sagrada Família, Fazenda Frios e Loteamento Santa Maria Madalena, cuja interrupção foi seguida por todo sistema de comunicações de União dos Palmares que ficou sem funcionar entre 17,12 horas até as 20,37 horas.
A comunidade ficou sem os serviços de energia (CEAL), internet (três empresas no município), telefones convencionais e celulares, no caso os usuários da Oi, Tim, Vivo e Claro, cuja pane também afetou os serviços essenciais como a própria CEAL, a Delegacia Regional de Polícia e os Hospitais Geral de União e Regional São Vicente de Paulo (este ultimo funciona com atendimento de emergência).
O fato aconteceu ainda com o comercio, as repartições e indústrias no horário de expediente e como sempre acontece, os prejudicados foram os usuários que relatam a imprensa local (único canal disponível para reinvidicar) as conseqüências dos abusos que são dezenas de aparelhos eletrodomésticos queimados ou parcialmente danificados, já que como não existe no município o PROCON para defendê-los e obrigar sejam os prejuízos ressarcidos, fato que desperta nas empresas (todas multinacionais) o sentimento da impunidade, favorecendo com que os serviços de atendimentos das reclamações sejam restritos.
A CEAL, por exemplo, centraliza o seu escritório que atende a região na cidade de Rio Largo, e nos municípios que abrange os celulares não chamam o telefone 0800 para reclamar queda de energia; a Oi assim que adquiriu a TELEMAR cuidou de fechar seu escritório em União dos Palmares cuja sede no centro da cidade está tomada pela mato e abandono; as demais companhias telefônicas também não mantém escritório de atendimento local, o que obriga seus usuários a falar com um computador que às vezes deixa quem ligar para os números da prestação de serviços minutos a fio esperando, ouvindo musicas às vezes indigestas até ser atendido – quando são.
Todo este somatório de problemas são provas inequívocas do atraso em que o estado de Alagoas (por sinal, o mais pobre da nação) localizado nos confins do Nordeste está submisso, e, sobretudo deixam transparecer o pouco caso do governo para o seu sustentáculo – os contribuintes – que pagam impostos idênticos ou até superiores aos contribuintes das grandes cidades do país onde fatos desta natureza ou iguais raramente acontecem.
As assessorias de imprensa das empresas citadas nesta reportagem sequer expedem uma nota ou aviso informando seus clientes o que aconteceu, mas a publicidade delas é ágil e eficiente para difundir promoções ou avisar débitos vencidos.