A Editoria deste noticioso recebeu da Associação dos Delegados de Polícia Civil de Alagoas, subscrito pelo Delegado Antonio Carlos de Azevedo Lessa um e-mail que solicita a publicação da seguinte nota:
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A Diretoria da ADEPOL ALAGOAS publicou uma nota de repúdio para mostrar a indignação de toda a categoria com relação à matéria publicada em um blog, que afirmou que um delegado de polícia seria o principal suspeito na trama do roubo das armas ocorrido no interior do prédio da Direção Geral da Polícia Civil de Alagoas.
Como foi dito na nota de repúdio, a matéria veiculada tem cunho literalmente acusatório e ausente de provas, manchando a imagem dos delegados de polícia perante a sociedade alagoana, e visando desmoralizar a categoria, trazendo acusações prematuras e sem quaisquer fundamentos.
Ora!! Em qual momento uma nota de repúdio, direito legitimo de qualquer categoria de classe, atacou covardemente o jornalista? Apenas por defender que a notícia seja publicada após constatações dos fatos, com indiciamentos dos envolvidos no fato delituoso pela autoridade policial que estiver presidindo o inquérito policial?
Seria crime a associação dos delegados de polícia afirmar que vai tomar as providências cabíveis, através do departamento jurídico da entidade, perante a justiça pública alagoana, pelo fato de uma matéria jornalística afirmar que um delegado de polícia seria o principal suspeito do fato delituoso, e ter atingido toda uma categoria?
Qual o crime praticado pela associação dos delegados em defender seus associados de denúncias de cunho literalmente acusatório e ausente de provas? Qual seria a reação do Sindicato dos Jornalistas se um delegado de polícia, que estivesse apurando um crime de roubo, divulgasse na mídia que um jornalista era suspeito no referido crime?
Vejamos o que diz a nossa Constituição Federal em seu artigo 5º, LVII: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Este é o princípio do estado de inocência, também chamado de “princípio da presunção de inocência”.
A Adepol Alagoas defende um jornalismo investigativo, que mantenha a sociedade bem informada, e não um jornalismo com conjecturas e ilações. A imprensa tem seu importante papel na sociedade, muitas das vezes ajudando a polícia judiciária a esclarecer o fato delituoso.
A Adepol de Alagoas defende que a Direção Geral da Polícia Civil de Alagoas investigue o roubo das armas da polícia civil até a exaustão, que seja investigada todas as linhas que surgirem, independente de quem venha a atingir e que sejam apresentados os verdadeiros culpados".