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Passados 43 dias da execução do cabo PM Sérgio Carlos Marcolino, a polícia ainda não conseguiu identificar os criminosos.
O PM foi morto a tiros, alguns na cabeça, na noite do último dia 27 de julho, quando parou a moto que guiava em um semáforo no cruzamento da Avenida Afrânio Lages com a Rua Joaquim Nabuco, no bairro do Farol em Maceió.
O militar, que era lotado no Batalhão de Guarda (BPGd), e ia para casa, foi surpreendido por dois homens que estavam em uma moto, cuja placa não foi anotada.
O inquérito teve como responsável o delegado da Polícia Civil, titular do 1º DP, Guilherme Silero, que ouviu várias pessoas, inclusive parentes e amigos da vítima.
O cabo PM tinha passado o dia em que foi morto na cidade de União dos Palmares, interior de Alagoas, onde trabalhava como segurança do procurador do INSS, Emanuel Paulo da Silva, o Paulinho do PT, ex-candidato a prefeito da cidade e que tinha escapado de um atentado a bala, no dia 4 de outubro de 2008, no Distrito de Rocha Cavalcante, zona rural de União dos Palmares, quando dirigia uma Pajero de cor preta, placa NLW-2163/AL. Ele tinha sido seguido por um veículo ocupado por cerca de cinco homens armados, que deflagraram vários ritos contra o ex-candidato que ficou ferido.
Paulinho, que teve um encontro com o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, disse que o crime que teve como vítima seu segurança, estaria ligado ao atentado sofrido por ele um dia antes das eleições, no ano passado, quando por coincidência estava acompanhado do cabo Sérgio Carlos, o qual ficou ferido com um tiro.
Emanuel Paulo disse que não tinha dúvidas de que o crime é político. Segundo ele, o militar teria sido procurado por 'amigos' dias antes de ser morto, em União dos Palmares, e aconselhado a deixar a segurança de Paulinho, 'ou morreria junto com ele'. O militar teria relatado todo encontro a Emanuel.
Sérgio Marcolino, quando foi assassinado portava uma pistola e estranhamente não tinha nenhum documento. Ele foi reconhecido por policiais da Rádio Patrulha, que chegaram ao local instantes após sua execução.
Mas a polícia também investigava a informação que a vítima, que também trabalhava como segurança de uma casa noturna localizada no bairro do Jacintinho, bairro da periferia de Maceió e que teria se desentendido com o proprietário do local após discordar da venda de drogas no estabelecimento.
Outra informação chegada à polícia foi de que Sérgio também fazia ‘bico’ para um grupo que lida com jogo do bicho e que estaria se desentendo com os colegas de trabalho.
Mas em meio a todas as informações chegadas a polícia, nenhuma favoreceu para o esclarecimento do assassinato, cujo inquérito pode ser encaminhado a Justiça sem os nomes dos criminosos.