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com tudonahora // elaine rodrigues e sidney tenório

Os policiais envolvidos na agressão de um travesti, nesse domingo, durante a Parada Gay em Penedo, estão afastados dos cargos e, desde ontem, realizam serviços administrativos na corporação. As medidas tomadas depois do episódio foram anunciadas agora há pouco, durante entrevista coletiva, no quartel da Polícia Militar.

Durante a parada gay, dois sargentos e um soldado abordaram um travesti, que estaria embriagado. O episódio foi filmado por pessoas que acompanhavam a Parada.

O coronel José Praxedes, comandante de Policiamento do Interior, reconheceu que houve excesso e que já levou o caso à Corregedoria-Geral da Polícia Militar. Ele afirmou que os fatos devem ser apurados em uma sindicância, para esclarecer o que houve e punir os policiais, caso seja constatado crime. A sindicância deve ser concluída em 30 dias.

O tenente coronel Marcos Pinheiro, comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar, contou que o fato é lamentável e que 'houve excesso na condução do cidadão'. Ele ainda disse que um dos policiais envolvidos trabalha na Rádio Patrulha de Penedo e é um 'excelente' militar.

Repercussão

O Grupo Gay de Alagoas manifestou indignação com o fato e pede a apuração rigorosa do caso. “Este fato truculento macula um evento tão importante para a comunidade GLBT como as paradas do orgulho, que acontecem em todo o Brasil", diz o coordenador da Rede Nordeste de Grupos LGBT, o ativista Bizan Velô.

O GGAL ainda afirma que a vítima foi conduzida para a Delegacia de Penedo e em seguida para um hospital público de Arapiraca. Ela teve graves escoriações e hematomas.