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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (19), a operação Guararapes. O objetivo é combater uma organização criminosa que gerou um rombo de R$3 milhões aos cofres públicos da agência da Previdência Social em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco. Um mandado de prisão foi cumprido na capital alagoana.
Segundo apurou a equipe da Gazeta, a funcionária Margarete Gomes foi transferida para o INSS de Maceió, onde trabalhava há 3 meses. De acordo com informações da assessoria da PF, a servidora já foi encaminhada à Pernambuco. A Força Tarefa Previdenciária deve cumprir mais 12 mandados de busca e apreensão, 7 mandados de prisão preventiva, 2 de mandados de intimação de 1 mandado de condução coercitiva.
A operação
Oitenta e quatro policiais federais e 14 servidores da previdência Social cumpriram os mandados nos municípios de Recife, Jaboatão dos Guararapes e Santo Agostinho, todos em Pernambuco; e em Maceió, Alagoas.
A assessoria da Polícia Federal de Pernambuco informou ainda que a operação, comandada pela delegada Carla Gomes, apreendeu documentos, computadores, veículos e dinheiro.
As investigações - que iniciaram há quase dois anos, a partir de notícia de concessão de benefícios irregulares naquela APS, principalmente os da espécie Aposentadoria por Tempo de Contribuição – constataram que a fraude era efetuada por meio de inserção de vínculos inexistentes no cadastro da Previdência Social, bem como, enquadramento indevido de tempo de serviço através de conversão de atividade supostamente exercida como especial.
Foi detectada uma grande incidência de concessões para benefícios anteriormente requeridos e indeferidos por falta de tempo de contribuição, inserção de valores de salários inexistentes ou majorados. Outros benefícios sob suspeita são os da espécie Amparo Assistencial a portador de Deficiência, os quais serão objeto de revisão médico pericial.
Até o momento foram analisados 249 (duzentos e quarenta e nove) benefícios apresentando indícios de irregularidades, sendo o prejuízo estimado aos cofres públicos em aproximadamente R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais), considerando os valores já recebidos indevidamente.