com tudonahora // josenildo torres
Desde 1986, quando surgiu o primeiro caso de Aids em Alagoas, se massificou que a proliferação da doença seria uma epidemia homossexual. Mas os números divulgados pelo Ministério da Saúde (MS), por meio da Coordenação do Programa Nacional de DST e Aids, evidenciam que os heterossexuais são os mais contaminados no Estado.
Isso porque, de acordo com o perfil epidemiológico da Aids em Alagoas, 52,51% dos contaminados com o vírus HIV se dizem heterossexuais e 45,1% homossexuais. Evidenciando, dessa forma, que a doença não é mais caracterizada como uma epidemia homossexual, já que em 1986, os contaminados que se diziam homossexuais eram 35,6% e 20,3% heterossexuais.
E de acordo com o coordenador do Programa Nacional de DST e Aids, Nelson Correia, esse diagnóstico mostra que os heterossexuais estão se descuidando da prevenção, principalmente quanto ao uso da camisinha. Fato que também atinge as mulheres, que na grande maioria dos casos são contaminadas pelos parceiros, já que eles se negam a utilizar o preservativo masculino e, elas, por sua vez, não criaram o hábito de usar o preservativo feminino.
“Durante muito tempo se criou, no imaginário popular, a idéia de que a Aids seria uma doença ligada, estritamente, aos homossexuais. No entanto, com o aumento da consciência, eles estão se prevenindo mais, enquanto os heterossexuais, na grande maioria, imaginam que a doença é uma epidemia homossexual e negligenciam”, analisa o coordenador, ao destacar que “o uso do preservativo ainda é a única arma para evitar a contaminação pelo vírus HIV”.
Mais números
E somente em 2008 o Ministério da Saúde registrou 246 casos de Aids em Alagoas, mostrando que a luta para conscientizar a população sobre o uso do preservativo deve ser uma tarefa diária, ainda de acordo com o coordenador do Programa Nacional de DST e Aids, Nelson Correia. “A Aids tem avançado consideravelmente e sabemos que o número é ainda maior, pois os dados refletem, apenas, as pessoas que realizaram o exame, já que algumas foram contaminadas com o vírus HIV e ainda não descobriram”, salienta.
E segundo o os dados do MS, Alagoas registrou 2.533 casos confirmados da doença somente em 2008, sendo distribuídos em 98 dos 102 municípios. Daí porque, a importância de se realizar o Teste Rápido, que é imprescindível para começar o tratamento precocemente, garantindo uma assistência adequada ao portador do vírus, além de uma melhor qualidade de vida.
No caso das mães soropositivas, especificamente, elas têm menos chances de terem filhos com HIV, caso detectem o vírus de forma antecipada, pois realizam um tratamento adequado, recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto. “Para realizá-lo, em Alagoas, basta se dirigir aos postos autorizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pois não se pode permanecer com a dúvida”, aconselha Nelson Correia, ao frisar
que “o HIV não é transmitido pelo beijo, toque, abraço, aperto de mão, compartilhamento de toalhas, talhares, pratos, suor e lágrimas”.
Veja os locais onde pode ser realizado o teste rápido para detecção do HIV
CTA- Arapiraca – Unidade de Especialidade
Rua São Francisco, 764 – Centro / Arapiraca – AL - Fone: (82) 3521 – 4036
CTA – Coruripe – Ambulatório de Especialidade - Centro de Diagnose e Tratamento Rua Edgar Cassiano, 152 – Centro / Coruripe – AL - Fone: (82) 327 - 1054
CTA e LAC – União dos Palmares – AL - Rua Sanelva Aragão Pereira, Loteamento Jaguaribe – Centro / União dos Palmares – AL - Fone: (82) 3281 – 2950
CTA – Pam Salgadinho (Bloco I) - Rua Mizael Domingues, 241 – Centro / Maceió – AL - Fone: (82) 3315 – 5304
SAE – Hospital Universitário - Tabuleiro do Martins / Maceió – AL - Fone: (82) 3322 2344 – Ramal 2061 e 2062
LACEN - Avenida Marechal Castelo Branco, 1.773 – Jatiúca / Maceió – AL - Fone: (82) 3315 2702