com gazetaweb // eduardo almeida e douglas lopes
O comerciante Cícero Pereira da Silva, 46 anos, foi preso nesta quinta-feira (02), em seu estabelecimento comercial, em Rio Largo, acusado de abusar sexualmente de sua filha adotiva, M. L. M. S. , de apenas 13 anos. O acusado foi detido depois que membros do Conselho Tutelar do município receberam denúncias anônimas informando a violência.
A adolescente relatou aos membros do Conselho Tutelar que sofria abusos desde os cinco anos de idade e que ainda não havia denunciado porque sofria ameaças constantes do pai adotivo. “A menina disse que era abusada há aproximadamente oito anos. O exame de conjunção carnal constatou que houve rompimento anal e tentativa de rompimento do hímen. Ela disse ainda que ele ejaculava em seu rosto e a espancava”, informou Anderson Henrique, conselheiro que acompanhou a garota.
Ainda segundo o Conselho Tutelar, Cícero Pereira teria proibido M. L. M. S. de freqüentar a escola, com medo de que ela o denunciasse. “A adolescente só voltou ao colégio quando nós ameaçamos tirar o benefício do Bolsa Família. Ainda chegamos a realizar um primeiro exame de conjunção carnal, mas nada ficou comprovado. É provável que ele agisse com cautela”, afirmou Anderson Henrique.
O comerciante, entretanto, negou as acusações. Segundo Cícero Pereira, de fato, ele havia proibido a filha de freqüentar a escola, mas devido a um suposto mal comportamento da adolescente. “Eu não gostava das amizades dela, e falava isso para a mãe dela. Não fiz nada de errado, vou pagar por algo que não tenho culpa”.
Cícero Pereira foi preso em flagrante e deve permanecer na Delegacia de Plantão II (Deplan II), no Conjunto Salvador Lyra, até a manhã desta sexta-feira (03), quando segue para a Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente, localizada no Jacintinho.
O comerciante foi autuado pelo crime de atentado violento ao pudor, que, segundo agentes da Polícia Civil, tem pena que varia de 6 a 12 anos, podendo ser aumentada pelo fato de envolver uma adolescente. O Conselho Tutelar está responsável pela garota.