gazetaweb // com dulce melo
O delegado da Delegacia de Roubos e Furtos de João Pessoa (PB), Marcos Vasconcelos, disse por telefone à Gazetaweb que as investigações sobre o assalto à empresária Maria Jaydeth Miranda que vendeu um posto de combustíveis a Givaldo de Sá Gouveia Júnior, conhecido como “Carimbinho”, por ser filho do deputado federal Givaldo Carimbão, estão bem encaminhadas e com dados que podem ser considerados sólidos. O delegado disse não poder adiantar detalhes para o processo não sofrer alterações.
De acordo com Vasconcelos, a qualquer momento a polícia da Paraíba pode anunciar as novidades ou até mesmo a conclusão do caso.
“Só não podemos estipular prazo porque pode ser até hoje ou daqui a um mês. Mas, que já temos uma linha e pormenores isso é certo”- ressalta o titular da Roubos e Furtos. O delegado diz já ter em mãos estatísticas e indícios importantes.
Marcos Vasconcelos também conversou a respeito da origem do dinheiro usado para o pagamento. Ele disse que, independentemente do assalto, há algo muito estranho na transação.
“Como é que você anda com trezentos mil em espécie dentro de um carro, de um estado para outro, quando existem métodos mais seguros, como ordem bancária, por exemplo, ou outro documento? Isso sem falar que a dona do posto sugeriu essa forma de pagamento. No entanto, o comprador disse que só pagava em espécie. No mínimo, é estranho”- enfatiza o delegado Marcos Vasconcelos.
O titular da Roubos e Furtos deixou claro que essa investigação relacionada à origem do dinheiro será feita pela Receita Federal, mas deu sua opinião.
“Ora, se o dinheiro não podia aparecer em banco é porque sua origem é duvidosa. O que soubemos por aqui foi que o pai do comprador, o deputado federal, trouxe de Brasília e repassou ao filho. Mas, deixemos essa parte com a receita. Quanto à nossa, acredito que em breve será divulgada”, conclui Marcos Vasconcelos.
Caso
No dia 19 de maio passado, a empresária Maria Jaydeth Miranda foi ao cartório fechar o negócio com Givaldo ‘Carimbão’ Júnior e, ao deixar o local no seu veículo Corolla, de cor prata e placa MOJ-2437-PB foi interceptada, nas proximidades do Carrefur, por dois homens em uma motocicleta de placa não anotada que roubaram R$ 235 mil e também levaram o carro. O restante do dinheiro pode ter sido utilizado, segundo a polícia, para o pagamento do advogado.
Carro
Até esta quinta-feira (04/06) o titular da Delegacia de Roubos e Furto de Veículos, delegado João Amaro, disse que o Corolla não foi encontrado. Ele disse desconhecer a sua localização.
“Impossível o carro da empresária ter sido encontrado sem que fôssemos informados. Até por que qualquer carro em situação semelhante, ao ser localizado tem de ser entregue na delegacia para darmos baixa no sistema”, explica João Amaro.
Para se certificar de que o veículo ainda conta no sistema como roubado, o delegado João Amaro fez nova busca e confirmou.
“Pronto, confirmado. Aqui ele está como desaparecido. Numa possibilidade remota, se caso fosse encontrado e a dona circulasse com ele, numa abordagem acusaria a queixa de roubo”, diz o delegado.
