Polícia

Uma operação da Polícia Federal em Alagoas, denominada Operação Denário, deflagrada nas primeiras horas desta quarta-feira, dia 3 de junho, resultou no cumprimento de 14 mandados de prisão, 24 de busca e apreensão, além de mandados de arresto e bloqueio de bens expedidos pela 8ªº Vara Federal, sediada em Arapiraca. A operação envolveu mais de 100 agentes federais de todo o Nordeste e foi comandada pelo delegado Delano Cerqueira.

De acordo com informações fornecidas por Cerqueira, as investigações sobre as duas quadrilhas duraram aproximadamente um ano. As organizações criminosas, que agiam a partir do município de Palmeira dos Índios, teriam desviado dos cofres públicos – nos últimos cinco anos – cerca de R$ 3,2 milhões. Não há indícios de envolvimento de servidores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) nas fraudes.

A fraude aintigia, ainda, benefícios fornecidos nos municípios de Arapiraca, Olho D'água das Flores, além de Maceió. Ainda de acordo com o delegado, as fraudes consistiam na emissão de atestados médicos e benefícios rurais falsos. Uma médica psiquiátrica emitiria os atestados para a liberação dos benefícios. A Polícia Federal afirma que até menores de idade figurariam como beneficiários do INSS. O delegado informou, no entanto, que os beneficiários não seriam o alvo principal da operação e sim os aliciadores, que exigiriam R$ 3 mil para a atividade de despachante previdenciário.

A expectativa da Polícia Federal é de que mais de 90 pessoas sejam ouvidos a partir de hoje sobre a fraude. A Justiça Federal também determinou o bloqueio dos bens de todos os envolvidos. A PF deverá conceder na manhã desta quarta-feira, na sede da entidade, uma entrevista coletiva para fornecer mais informações sobre a operação.