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25/05/2009 00:00:00

Polícia

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com alagoas24horas // cláudia galvão e luis vilar

Após dois adiamentos, finalmente terminou, na tarde desta segunda-feira, dia 25, o julgamento do policial Dílson Alves, um dos acusados de participar da morte do vereador por Delmiro Gouveia, Fernando Aldo, executado no dia 1º de outubro de 2007, em Mata Grande.

O juiz Maurício Brêda proferiu inicialmente uma sentença de 19 anos, mas como o réu, que já cumpriu um ano de prisão, foi beneficiado com a delação premiada, a pena foi reduzida em nove anos em regime fechado.

Dílson Alves confirmou sua participação no crime e forneceu o nome dos mandantes do homicídio. Segundo as alegações do promotor, estes seriam o deputado estadual afastado Cícero Ferro e o prefeito de Delmiro Gouveia, Lula Cabeleira.

Familiares de Fernando Aldo não quiseram se pronunciar sobre a sentença.

Participação

Dílson Alves foi apontado como ‘ponteiro’. Na dinâmica do crime, caberia a ele mostrar o local aonde o vereador por Delmiro Gouveia, que vinha se fortalecendo como uma das lideranças da região, estaria para ser encontrado pelos assassinos.

Além de Dílson Alves, figuram como autores materiais do crime – segundo denúncia do Ministério Público Estadual – o cabo Carlos Marlon Gomes, Eliton Alves Barros, o Wellington, e Eronildo Alves Barros, que morreu durante um acidente automobilístico em Pernambuco, no ano passado.

O Ministério Público ainda denunciou o atual prefeito de Delmiro Gouveia, Luiz Carlos Costa, o Lula Cabeleira, e o deputado afastado Cícero Ferro (PMN) como autores intelectuais do crime, que teve grande repercussão à época. Ambos possuem foro privilegiado.

No começo do julgamento, o defensor público João Fiorilo, desiginado para a defesa, dispensou todas as testemunhas do réu e pediu ao juiz Maurício Brêda, que preside o julgamento, o benefício da delação premiada. Após o pedido ser acatado, foi solicitado que todas as pessoas deixassem a sala do júri. O depoimento de Dílson Alves se deu a portas fechadas.