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10/05/2009 00:00:00

Cidade

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antonio aragão

 

De nada adiantou o empenho da Secretaria da Fazenda de Alagoas em antecipar as faixas salariais do funcionalismo estadual particularmente para os que têm conta na agência da Caixa Econômica de União dos Palmares, e mesmo para as pessoas comuns (extra-oficialmente sabe-se que a instituição converge quase dez mil clientes em toda região leste do estado, a conhecida Zona da Mata por ser a única em seu gênero), porque desde as primeiras horas da manhã de ontem (sábado dia 09), ninguém conseguiu sacar em nenhum dos oito caixas eletrônicos postos à disposição do público.

 

Um aviso informa que existe uma dificuldade de acesso com o computador central há mais de 24 horas, mas nenhum funcionário foi encontrado para dar satisfações ao público, o que gerou revolta aos que necessitavam sacar dinheiro – a maior parte para presentear as mães -, tornando desta maneira o dia dedicado as genitoras melancólico.

 

Os problemas desta natureza são comuns em União dos Palmares e se estendem as três agencias crediticias na cidade: a Caixa, o Banco do Nordeste e o Banco do Brasil – onde se formam gigantescas filas, deixando inclusive (no caso da Caixa) anciãos, enfermos, deficientes e gestantes expostos as intempéries, embora a Câmara Municipal tenha há cerca de três anos passados aprovado a “Lei da Fila” que nunca foi cumprida, mesmo porque não existe no município fiscalização especifica para casos desta natureza.

 

A Caixa Econômica Federal que foi inaugurada a mais de vinte anos passados nunca teve sede própria. Até o fechamento do PRODUBAN alugava prédios adaptados para atender a clientela, mas tudo em caráter precário, até que encampou o alojamento do Banco do Estado de Alagoas que foi fechado, mas continuou o drama dos correntistas: o espaço físico é insuficiente para atender a demanda de clientes.

 

Um funcionário público da Secretaria de Educação do Estado que denunciou o fato e convidou a reportagem para assistir ao abuso, mas que pediu para não ser identificado, disse em tom de revolta: até quando o aposentado, o enfermo, e até mesmo nós que damos nossa vida por este estado estaremos submissos a este estado de coisas?

 

 

 

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