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Nove casas de prostituição e um motel foram fechados nesta madrugada, durante a operação para combater a exploração sexual de crianças e adolescentes, deflagrada pelo Ministério Público, através do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas. Casas de prostituição e 13 motéis de Maceió foram fiscalizados e a operação acabou agora há pouco.
Ao todo foram presas 12 pessoas, que foram levadas para Delegacias de Plantão. "Elas foram detidas porque exploravam pessoas altamente miseráveis", afirmou o promotor Alfredo Gaspar de Mendonça. "O que nós encontramos foram pocilgas", acrescentou o promotor. Nos locais, o grupo de fiscalização encontrou muita sujeira, péssima iluminação e abastecimento de água, além de forte mau cheiro.
Foram fechadas as boates “Pippos”, “Millenium”, “Hangar“ e “Night Drinks”, no Centro; “Hawai”, “Golden Club” e “Drinks da Paixão”, no Jaraguá; “Vips Night” (antigo Xalaco) no Jacintinho e “Big Brother 2” na Forene. Ainda foram registrados abusos contra menores nos motéis “Desejos” e “Golden's” no Barro Duro e “Pantanal 2” no Benedito Bentes.
A fiscalização encontrou programas que variavam de R$ 5 à R$ 70. Já os prostíbulos cobravam entre R$ 10 e R$ 50 para o aluguel de quartos. "O Ministério Público está atento, está fiscalizando", ressaltou Alfredo Gaspar.
De acordo com a assessoria do Ministério Público, os promotores chamaram atenção para o elevado número de mulheres de Pernambuco e da Paraíba dentro das boates. “Ao que tudo indica existe uma organização criminosa que opera em Alagoas com o tráfico de mulheres. Elas são contratadas em cidades do Interior de outros Estados e trazidas com a promessa de emprego”, afirmou Alfredo Gaspar de Mendonça.
Para o promotor Edelzito Andrade, a iniciativa é um passo importante para o desmantelamento de uma rede de tráfico interno de mulheres para exploração sexual que movimenta muito dinheiro em Alagoas.
A promotora Adílza Freitas ficou estarrecida ao encontrar no interior de uma das suítes do motel Pantanal 2 uma menor portadora de disturbios mentais sendo abusada sexualmente. Ela receberia em troca R$ 5. “Isso é uma agressão a integridade física e moral da adolescente, tendo inclusive relatado ter sido vítima de abuso sexual do pai, vivendo hoje em situação de risco como moradora de rua”, disse.