O Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e a 3ª Promotoria Criminal de Rio Largo conseguiram nesta sexta-feira a prisão da ex-prefeita de Rio Largo, Vânia Paiva. Ela foi denunciada por incêndio doloso, supressão de documento, formação de quadrilha e dano qualificado. Outra pessoa também está presa, e igualmente foi alvo da denúncia do Ministério Público Estadual. Carlos Jorge Cardoso da Silva, o “Jorge Pagão”. O decreto de prisão foi expedido pela 17ª Vara Criminal, especializada no combate ao crime organizado.
De acodro com os promotores do Gecoc, Alfredo Gaspar de Mendonça, Edelzito Andrade e Hamilton Carneiro, dentre os crimes praticados pelo grupo criminoso, estão o incêndio da Secretaria de Finanças de Rio Largo, que segundo as investigações, o motivo teria sido destruir documentos contábeis e financeiros da prefeitura com o objetivo de apagar as provas de possíveis delitos praticados e atos de Improbidade Administrativa.
O incêndio ocorreu em outubro de 2004 e foi feito a mando de Vânia Paiva, que na época estavam à frente da administração municipal. A denúncia aponta que Jorge Pagão, invadiu as dependências do setor de Contabilidade da Secretaria de Finanças de Rio Largo e, utilizando óleo diesel, ateou fogo, provocando a destruição de diversos documentos públicos financeiros e licitatórios da prefeitura.
O Gecoc informou que a principal testemunha dos crimes, encontra-se no Programa de Proteção à Testemunha do governo federal. “Os acusados são pessoas influentes e perigosas e, em liberdade, poderão vir a dificultar a apuração dos fatos, ameaçando testemunhas e desaparecendo com outras provas dos delitos”, informou.
O período em que ocorreu o fato delituoso existia uma acirrada disputa política pelo controle da prefeitura, envolvendo a prefeita eleita Vânia Paiva, à época vice-prefeita, e a sua antecessora Maria Eliza Alves, surgindo entre elas várias denúncias sobre supostos desvios e apropriações ilícitas de verbas municipais, resultando então numa batalha judicial que terminou numa indefinição na chefia do executivo municipal, já que em virtude de decisões judiciais, as duas foram alvos de vários afastamentos e retornos ao cargo de prefeita.
Fonte: MP/AL