Mais de 24 horas depois de que o tremor sacudiu a região de Abruzzo, no centro da Itália, equipes de emergência retiraram dois estudantes na manhã de terça-feira dos escombros de prédios em L'Áquila, a cidade de montanhas medieval de 68 mil habitantes que foi a mais atingida pelo desastre.
Cerca de 100 pessoas foram retiradas dos escombros, mas com muitos ainda desaparecidos a defesa civil diz que as esperanças de encontrar mais alguém com vida diminui a cada hora.
O primeiro-ministro Silvio Berlusconi disse nesta terça que o número de mortos subiu para 207. Ele afirmou que 17 dos mortos ainda não foram identificados e que 100 dentre os feridos se encontram em estado grave.
Elas disseram que o número de desabrigados era de pelo menos 17 mil, muito menor do que os 50 mil estimados na segunda-feira.
O terremoto, que registrou entre 5,8 graus e 6,3 graus na escala Richter, ocorreu pouco depois das 3h30 da manhã de segunda-feira (horário local), surpreendendo os moradores que dormiam em suas casas, derrubando igrejas antigas e outras edificações em 26 cidades.
Autoridades da defesa civil estimaram que dois terços das edificações ruíram em L'Áquila.
Alguns outros tremores foram registrados durante a noite na área, a cerca de 100 quilômetros a leste de Roma, enquanto as pessoas se abrigavam em seus carros ou em barracas.
"É um desastre sério. Agora nós devemos reconstruir e isso exigirá grandes quantias de dinheiro", disse o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, cujo governo já enfrenta um alto déficit e uma grande dívida pública.
Berlusconi declarou emergência nacional e prometeu buscar centenas de milhares de euros do fundo de desastres da União Europeia.
Por Deepa Bagington e Antonella Cinelli