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10/03/2009 00:00:00

Especiais


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Cerca de 100 pessoas ligadas ao Movimento Liberdade para os Sem-Terra (MLST) deixaram a Sinimbú, na manhã desta terça-feira (10), em direção a praça Marechal Deodoro, no Centro da capital, enquanto uma comissão seguia ao prédio da Walmap, onde haverá uma reunião com representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). No entanto, acertos entre as lideranças fizeram o grupo mudar de idéia, e as famílias retornaram para a Sinimbú.

De acordo com um dos integrantes do Movimento, Marcos Luis Marques, o objetivo da reunião é discutir a desapropriação das terras de Joaquim Gomes, Maragogi, Murici, Branquinha, Flexeiras e outras propriedades localizadas no sertão do Estado. “Queremos também a concessão das terras do Vale do Mundaú. Há cinco anos, debatemos sobre este assunto e não temos nenhuma resposta”, revelou Marques.

Carta-aberta

Em carta-aberta enviada aos veículos de comunicação na manhã desta terça-feira (10), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) já havia comunicado sobre a caminhada à sede do INCRA, para protocolar a pedido de desapropriação.

Caminhões e ônibus foram até o local, na Praça Sinumbú, onde montaram acampamento. Segundo Marques, há uma previsão de que 1200 famílias participem do movimento. Representantes do movimento declararam que vão pedir agilidade no processo ao superintendente Gilberto Coutinho. Segundo eles, a Fazenda Campo Verde, em Branquinha - de propriedade do grupo João Lyra - não cumpre sua função social, portanto, deve ser desapropriada, para servir aos interesses da refórma agrária

Os trabalhadores ressaltam que o grupo foi notificado no ano passado por prática de trabalho escravo, na ocasião em que uma representação do Ministério do Trabalho libertou 61 trabalhadores em áreas da usina Laginha.

O movimento tem a adesão da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Movimento de Libertação dos Sem Terra e do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC).

A ocupação

Cerca de 1.500 famílias ligadas ao Movimento Sem Terra (MST), Movimento Liberdade para os Sem Terra (MLST), e representantes da Comissão Pastoral da Terra, ocupam, desde a madrugada de segunda-feira (09), a área da fazenda Campo Verde, localizada próximo ao município de Branquinha, na BR 104, a 65 quilômetros da capital alagoana.

A reivindicação dos trabalhadores é pela desapropriação da terra, pertencente ao industrial João Lyra. Segundo integrantes do movimento, a empresa não está cumprindo com sua função social, já que possui dívida com os trabalhadores. "Além disso, entendemos que há um desrespeito com o meio ambiente pelo espaço de cana-de-açúcar plantado", informou o integrante.

Os trabalhadores garantiram que começarão, o quanto antes, a substituir a plantação da cana-de-açúcar pelo plantio de feijão e milho.

com gazetaweb //



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