18/10/2024 17:25:32

09/03/2009 00:00:00

Especiais


Especiais

 

A vida tem uma ordem natural: o ser humano nasce, cresce, reproduz e morre, porém até que seja consumada esta ordem de fatos, milhares de acontecimentos se interpõem e causam certas fatalidades que são difíceis de absorver, principalmente pais, irmãos, parentes, amigos e amigas que não foram capazes diante dos desígnios da natureza impedir a tragédia registrada há exato um ano passado quando morreram Jaine e Tamires.

 

Duas vidas foram bruscamente interrompidas. Dor, saudade, suaves lembranças dos momentos que em nossa infância quase juventude vivemos, tudo se diluiu naquele monte de ferro retorcido e o que ficou foi à lembrança de uma menina doce, que não costumava freqüentar festas, mas fazia da vida uma razão para viver, sobretudo permitia que seus amigos e entes queridos participassem de sua tão breve felicidade.

 

Ficou a lacuna.

 

Partiu naquele esquife para o além um pouco de mim. Eu que sempre quando conversava com a menina quieta, meiga, religiosa, que aproveitou um momento que pensava ser de alegria e freqüentou uma festa em um município vizinho, jamais imaginando que o termino daqueles momentos raros para ela seria o chamado de DEUS.

 

Foi um choque difícil de administrar. Como disse, a morte é uma conseqüência natural da vida. O mais árduo é a maneira como as pessoas que morrem nos deixam e levam consigo um pouco dos que ficam. Assim foi entre nós, pequena Tamires. Jamais esquecerei os momentos que juntas passamos nossas brincadeiras, fofocas de adolescentes. Nossos segredos divididos, nossas paqueras, enfim, tudo que era peculiar a jovens de nossa idade.

 

A vida continua. Não é apenas a lembrança da data do teu passamento, mas é constante você em minha vida porque quando aqui estavas, soubestes ensinar a difundir o amor, a felicidade, a sinceridade, enfim, a vida.

 

E nossos amiguinhos do nosso famoso “mundinho do Olimpia” Eles, hoje dispersos creio, estão também em consonância de pensamentos comigo, TAM, como carinhosamente eras chamadas. Hoje, no pouco clarão que resta da lua minguante e reluzente no céu nublado, quando todos dormirem, em sussurro elevarei uma prece ao Deus Onipotente, para que vele por tua alma pura, límpida, embora me reste a duvida de que ELE na sua infinita bondade já não o tenha feito.

 

Até um dia, TAM. Quem sabe, nos reencontraremos e faremos à seqüência de nossa vida feliz, colorida, irresponsável que vivemos em nossa juventude.

 

Beijos e saudades.

 

Nina Aragão

 

 



Enquete
Você Aprova o retorno do Horário de Verão?
Total de votos: 64
Google News