Um estudante de
direito diz ter sido agredido por militares do Batalhão de Operações Policiais
Especiais (Bope) na madrugada de domingo (28), no bairro de Jaraguá, em Maceió,
próximo ao local onde ocorrem os shows das festas juninas promovidas pelo
Muinicípio.
Em sua página
pessoal no Facebook, Fábio Moura, que diz ser natural do Recife, mas mora na capital
alagoana, conta que a ação aconteceu porque ele estava encostado em um carro a
serviço do Bope, enquanto esperava por familiares e amigos que estavam na festa
com ele.
Segundo o jovem,
os militares o abordaram e, a gritos, mandaram que ele olhasse o símbolo que
estava estampado no veículo.
No post na web,
que já tinha mais de mil compartilhamentos até o início desta tarde, Fábio
afirma que, inicialmente, fez o que os policiais pediram, mas após se negar a
olhar outra vez para o carro e protestar contra os gritos, os militares
começaram a agredi-lo.
“De primeira
levei uma bela tapa na cara, entende? (...) Fiquei muito indignado, pois nunca
havia apanhado de ninguém tão injustamente”, diz o jovem na publicação, onde
ainda exibiu fotos que mostram as marcas das supostas agressões no rosto.
"No meio de
socos enquanto me mantinha com a cabeça baixa e pensava que não havia
necessidade de estarem me repreendendo daquela forma, pois como ser humano
tenho dignidade a zelar, e a única interpretação que eu tive na hora é que eu
estava sendo torturado por absolutamente nada", diz outro trecho do post.
A assessoria de
comunicação da Polícia Militar informou ao G1 que o órgão ainda não recebeu
nenhuma denúncia oficial sobre o caso, mas orienta que qualquer cidadão que se
sinta prejudicado por uma ação policial procure a Corregedoria da PM com todas
as provas possíveis, como fotos e vídeos.
Ainda segundo a
polícia, caso o jovem procure os meios legais de denúncia, um procedimento
administrativo deve ser aberto para averiguar a possível transgressão
disciplinar dos militares do Bope.
No texto, o
jovem expõe ainda que os nomes dos policiais, que ficam no fardamento, estavam
cobertos com uma faixa preta, impossibilitando a identificação dos mesmos, mas
finaliza ressaltando que vai procurar os direitos e cobrar punição. Melhor
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