O limite de renda para contratar o Fundo de Financiamento
Estudantil (Fies) passará para 2,5 salários mínimos por pessoa, segundo nota
conjunta divulgada pelos ministérios da Educação (MEC) e do
Planejamento, Orçamento e Gestão. Ele equivale, em valores atuais, a R$ 1.970.
Atualmente, o limite é uma renda bruta de 20 salários mínimos, R$ 15.760, por
família. De acordo com a nota, o Fies continuará abrangente, uma vez que
90% das famílias brasileiras estão dentro dessa faixa de renda.
O percentual
do financiamento também será definido de acordo com a renda. Os dois
ministérios esclarecem que, na regra anterior, determinava-se um percentual de
financiamento da mensalidade em função do comprometimento e das faixas de renda
da família. "No Novo Fies, será estabelecida uma alíquota fixa de
comprometimento de renda per capita da família. Com isso, o valor a ser pago
pelo aluno será determinado a cada ano, respeitando a capacidade de pagamento
de cada faixa salarial. Ou seja, as famílias com nível de renda menor, pagarão
um valor menor, independente do curso financiado".
Algumas regras
do novo Fies foram adiantadas pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro.
Os juros passarão dos atuais 3,4% para 6,5%. A oferta de vagas vai
priorizar os cursos com conceitos 4 e 5 nas avaliações do MEC, sendo um quarto
das vagas nos cursos conceito 5, o máximo.
A nota
acrescenta que aumentarão também os juros que aluno paga trimestralmente ainda
durante o curso. Atualmente, essa taxa é de até R$ 50. O novo valor vai até R$
250. O prazo de carência para pagar o financiamento que era de três vezes a
duração do curso e mais 12 meses, passará para três vezes a duração do curso,
sem os 12 meses extras.
As regras
valerão para os novos contratos do Fies. O edital com as datas e os detalhes
sobre a inscrição deverá ser divulgado no dia 3 de julho. Serão ofertadas 61,5
mil novas vagas. Para as próximas edições do Fies, elas serão definidas com
antecedência pelo Conselho Consultivo Interministerial.
Atualmente,
mais de 2,1 milhões de estudantes de instituições de educação superior privadas
utilizam-se do financiamento para cursar o ensino superior. Ebc – Mariana Tokarnia