A cocaína, droga extraída da folha de coca (planta
sul-americana), sempre foi bastante popular. Nos anos 70, quando seu uso
atingia vários níveis da sociedade, foram feitas diversas misturas e
experiencias na sua composição. Querendo deixar ela mais acessível para as
classes pobres, surgiu o crack. Ele vem do aquecimento de uma mistura de
cocaína, água e bicarbonato de sódio originando uma pedra para ser fumada.
Com o surgimento de uma “cocaína para os pobres” a popularização do crack foi
praticamente instantânea. Nos anos 80 já havia atingido todo território
americano e matava muitos jovens por ano. Porém, como seu efeito é mais
imediato e forte que o da droga que a origina, mesmo aqueles que tinham
dinheiro para comprar cocaína cara e de qualidade, acabaram entrando também no
vício do crack.
A necessidade por outra pedra se torna tão grande para o usuário que suas
famílias acabam ruindo. O viciado costuma roubar dos próprios pais para
conseguir dinheiro e comprar crack. Isso logo criou um problema nacional, com
clinicas lotadas e o governo tendo que agir. Mas, no ponto em que estava, já
era uma epidemia.
Se espalhou pelo mundo e logo chegou no Brasil. Nos últimos anos temos visto o
crack se estabelecer como problema sociológico grave no nosso país. Não só mais
nas grandes cidades, mas também no interior. Hoje em dia, é possível se ver em
becos e bairros pobres pessoas fazendo uso da droga ao ar livre. A cada dia
surgem novas tristes histórias de famílias nais quais o filho se perdeu e levou
junto tudo que tinham visando mais dinheiro para comprar crack.
Produção:
A produção do crack já explica o mal que ele faz. Nesta droga não existe o
processo final de refinação pelo qual a cocaína passa. Por isso, contem uma
grande quantidade de resíduos das substâncias que são usadas no processo. Este
se inicia com a uma coca ainda não purificada. Ela é dissolvida em água e
bicarbonato de sódio ou amônia. É aquecida até que se perder a parte líquida.
Com o que sobra, se quebram formando as pedras.
Prontas, as pedras podem ser fumadas com a utilização de cachimos improvisados
e, ao serem acessas, estalam. Dai o nome “crack”.
Efeitos fisiológicos e psicológicos:
São inúmeros os efeitos do crack no corpo humano. E, diferente da maioria das
drogas, seu auge é imediato e o prazer dura pouco. Após aproximadamente dez
minutos, o usuário já está se sentindo mal e precisando de outra dose.
De imediato, os níveis de dopamina – efeito natural do cérebro que causa
euforia e prazer – aumentam deixando a pessoa feliz, confiante e com muita
energia. Também sente insônia, perda de apetite, paranoia e desejo por mais
crack. Passado o efeito, os níveis da dopamina caem muito, passando do
sentimento bom para tristeza e depressão.
Isto tudo com o uso de uma pedra. O excesso pode deixar o usuário sem dormir
por noites, perdendo a noção da realidade e tende a ter muitas alucinações.
Acredita-se, que diferente de outras drogas, o crack pode viciar após poucas
doses. E, depois de viciado, é difícil encontrar uma saída.
Além dos efeitos que a droga causa no cérebro, tem os que afetam o corpo. O
coração bate mais rápido, aumenta a pressão arterial e, com o uso excessivo,
levam o usuário a ter comportamento violento, tremores, espasmos e muita
ansiedade.
A morte pelo uso da droga costuma ser por paradas cardíaca, convulsão, AVC ou
por doenças normais, mas que matam pela baixa imunidade que os usuários fica
após certo tempo e uso.
Tratamento do vício:
O crack se tornou um problema sociológico gravíssimo, pois não se encontrava
tratamento algum para os usuários. A necessidade por seguir usando a droga é
muito grande e, por isso, o afastamento dela torna a pessoa violenta e até
suicida.
Com o tempo foram criadas clinicas e comunidades específicas para tratar destes
casos, e elas tem bons resultados. Porém, o que costuma apresentar maior
dificuldade é a aceitação dos pacientes e de suas família em instituições
especializadas para este fim . Muitas vezes os parentes demoram muito para
entenderem que precisam tratar o usuário antes que o deixe mais viciado e
perdido no mundo das drogas.
Existe cada dia mais campanhas para conscientizar as pessoas de que um
tratamento é possível, necessário e, principalmente, para evitar que outros
entrem neste caminho que muitas vezes é sem volta.
Pesquisas apontam que usuários de crack correm risco de morte oito vezes maior
que a população em geral. Cerca de 18,5% dos pacientes acompanhados em uma
clinica de reabilitação morreram após cinco anos. Destes, cerca de 60% morreram
assassinados, 10% morreram de overdose e 30% em decorrência de AIDS.
Texto retirado do post de Mariana Felipe Mario – Facebook George W B Cavalcanti