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Comportamento
23/06/2015 16:18:54

A Triste História do Crack

A Triste História do Crack
Ilustração

A cocaína, droga extraída da folha de coca (planta sul-americana), sempre foi bastante popular. Nos anos 70, quando seu uso atingia vários níveis da sociedade, foram feitas diversas misturas e experiencias na sua composição. Querendo deixar ela mais acessível para as classes pobres, surgiu o crack. Ele vem do aquecimento de uma mistura de cocaína, água e bicarbonato de sódio originando uma pedra para ser fumada.


Com o surgimento de uma “cocaína para os pobres” a popularização do crack foi praticamente instantânea. Nos anos 80 já havia atingido todo território americano e matava muitos jovens por ano. Porém, como seu efeito é mais imediato e forte que o da droga que a origina, mesmo aqueles que tinham dinheiro para comprar cocaína cara e de qualidade, acabaram entrando também no vício do crack.


A necessidade por outra pedra se torna tão grande para o usuário que suas famílias acabam ruindo. O viciado costuma roubar dos próprios pais para conseguir dinheiro e comprar crack. Isso logo criou um problema nacional, com clinicas lotadas e o governo tendo que agir. Mas, no ponto em que estava, já era uma epidemia.


Se espalhou pelo mundo e logo chegou no Brasil. Nos últimos anos temos visto o crack se estabelecer como problema sociológico grave no nosso país. Não só mais nas grandes cidades, mas também no interior. Hoje em dia, é possível se ver em becos e bairros pobres pessoas fazendo uso da droga ao ar livre. A cada dia surgem novas tristes histórias de famílias nais quais o filho se perdeu e levou junto tudo que tinham visando mais dinheiro para comprar crack.

 

Produção:
A produção do crack já explica o mal que ele faz. Nesta droga não existe o processo final de refinação pelo qual a cocaína passa. Por isso, contem uma grande quantidade de resíduos das substâncias que são usadas no processo. Este se inicia com a uma coca ainda não purificada. Ela é dissolvida em água e bicarbonato de sódio ou amônia. É aquecida até que se perder a parte líquida. Com o que sobra, se quebram formando as pedras.


Prontas, as pedras podem ser fumadas com a utilização de cachimos improvisados e, ao serem acessas, estalam. Dai o nome “crack”.

 

Efeitos fisiológicos e psicológicos:
São inúmeros os efeitos do crack no corpo humano. E, diferente da maioria das drogas, seu auge é imediato e o prazer dura pouco. Após aproximadamente dez minutos, o usuário já está se sentindo mal e precisando de outra dose.


De imediato, os níveis de dopamina – efeito natural do cérebro que causa euforia e prazer – aumentam deixando a pessoa feliz, confiante e com muita energia. Também sente insônia, perda de apetite, paranoia e desejo por mais crack. Passado o efeito, os níveis da dopamina caem muito, passando do sentimento bom para tristeza e depressão.


Isto tudo com o uso de uma pedra. O excesso pode deixar o usuário sem dormir por noites, perdendo a noção da realidade e tende a ter muitas alucinações. Acredita-se, que diferente de outras drogas, o crack pode viciar após poucas doses. E, depois de viciado, é difícil encontrar uma saída.
Além dos efeitos que a droga causa no cérebro, tem os que afetam o corpo. O coração bate mais rápido, aumenta a pressão arterial e, com o uso excessivo, levam o usuário a ter comportamento violento, tremores, espasmos e muita ansiedade.


A morte pelo uso da droga costuma ser por paradas cardíaca, convulsão, AVC ou por doenças normais, mas que matam pela baixa imunidade que os usuários fica após certo tempo e uso.

 

Tratamento do vício:
O crack se tornou um problema sociológico gravíssimo, pois não se encontrava tratamento algum para os usuários. A necessidade por seguir usando a droga é muito grande e, por isso, o afastamento dela torna a pessoa violenta e até suicida.


Com o tempo foram criadas clinicas e comunidades específicas para tratar destes casos, e elas tem bons resultados. Porém, o que costuma apresentar maior dificuldade é a aceitação dos pacientes e de suas família em instituições especializadas para este fim . Muitas vezes os parentes demoram muito para entenderem que precisam tratar o usuário antes que o deixe mais viciado e perdido no mundo das drogas.


Existe cada dia mais campanhas para conscientizar as pessoas de que um tratamento é possível, necessário e, principalmente, para evitar que outros entrem neste caminho que muitas vezes é sem volta.


Pesquisas apontam que usuários de crack correm risco de morte oito vezes maior que a população em geral. Cerca de 18,5% dos pacientes acompanhados em uma clinica de reabilitação morreram após cinco anos. Destes, cerca de 60% morreram assassinados, 10% morreram de overdose e 30% em decorrência de AIDS. 


Texto retirado do post de Mariana Felipe Mario – Facebook George W B Cavalcanti