Ontem, 18 de junho de 2015
completou cinco anos da cheia em consequência da chuva intensa que caiu em Alagoas concentrada na região
da Zona da Mata atingindo 19 cidades entre as quais São José da Laje, o
distrito de Rocha Cavalcante (este ultimo em União dos Palmares e banhados pelo
Rio Canhoto), Santana do Mundaú, União dos Palmares, Branquinha e Murici (ribeirinhas
do Rio Mundaú todas na região Norte), destruindo centenas de casas, ruas,
estabelecimentos comerciais e causando vitimas fatais.
Particularmente no distrito de
Rocha Cavalcante e na cidade de União dos Palmares os estragos foram de maior significância
porque o município palmarino é populacional mente maior dentre as demais áreas atingidas
pela precipitação pluviométrica. Durante a chuva os rios Canhoto (nascido em
Canhotinho-PE) e Mundaú (cuja nascente é em Garanhuns também em Pernambuco que
se interligam e formam a bacia hidrográfica do Mundaú que desagua na Lagoa
Mundaú em Maceió) transbordaram e invadiram ruas causando transtornos e prejuízos
a população de estimada mente quatro mil desabrigados.
No distrito de Rocha Cavalcante
foi atingida a Rua do Comércio enquanto em União dos Palmares ficaram literalmente
destruídas as Ruas Demócrito Gracindo conhecida outrora como ‘Rua da Ponte’ em
referencia a uma ponte centenária sobre o Rio Mudaú, a Rua do ‘Matadouro’ (cujo
prejuízo maior foi a destruição do Matadouro Municipal que ainda não foi reconstruído),
Jatobá e Juazeiro e no lado oposto da cidade próximo a BR-104 o transbordamento
do Riacho Canabrava afetou os bairros Roberto Correia de Araújo e ‘Alto da Boa
Vista’ causando a destruição de casas, estabelcimentos
comerciais e até mortes pessoas (três que se tem conhecimento oficial em União).
Mesmo com toda tecnologia disponível
nos dias de hoje os órgãos ambientais ainda não apresentaram a sociedade as
origens da fúria da natureza. Uns a atribuem ao desmatamento desenfreado outros
ao equilíbrio ecológico e se comenta sobre o vazamento em um dois enormes
açudes localizados nas terras da Usina Serra Grande no município vizinho de São
José da Laje. Contudo a grande parte da população diz que foi o rompimento de
uma barragem no Rio Mundaú que corta um município pernambucano construída para
abastecer a cidade mesmo o Rio Mundaú sendo um rio interestadual, devendo
correr livre entre sua nascente até onde desagua segundo preceitua a Lei
vigente no Brasil.
O saldo da catástrofe, entretanto,
foram sonhos desfeitos, remanejamento de famílias tradicionais de suas casas de
origem, perda de patrimônio e a construção de quatro conjuntos habitacionais no
entorno da cidade que em sua maior parte são tidos pela policia como área de
concentração de delinquência em função do trafico de drogas.
tribunaunião //
fotos amanda e george sena