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Alagoas
19/06/2015 13:41:13

Cheia de 2010: uma lembrança que a comunidade deseja esquecer e que nunca foi esclarecida até hoje

Cheia de 2010: uma lembrança que a comunidade deseja esquecer e que nunca foi esclarecida até hoje
União: mesmo vitimada pela tragédia, comunidade demonstra sua Fé em Deus

Ontem, 18 de junho de 2015 completou cinco anos da cheia em consequência da chuva  intensa que caiu em Alagoas concentrada na região da Zona da Mata atingindo 19 cidades entre as quais São José da Laje, o distrito de Rocha Cavalcante (este ultimo em União dos Palmares e banhados pelo Rio Canhoto), Santana do Mundaú, União dos Palmares, Branquinha e Murici (ribeirinhas do Rio Mundaú todas na região Norte), destruindo centenas de casas, ruas, estabelecimentos comerciais e causando vitimas fatais.

 

Particularmente no distrito de Rocha Cavalcante e na cidade de União dos Palmares os estragos foram de maior significância porque o município palmarino é populacional mente maior dentre as demais áreas atingidas pela precipitação pluviométrica. Durante a chuva os rios Canhoto (nascido em Canhotinho-PE) e Mundaú (cuja nascente é em Garanhuns também em Pernambuco que se interligam e formam a bacia hidrográfica do Mundaú que desagua na Lagoa Mundaú em Maceió) transbordaram e invadiram ruas causando transtornos e prejuízos a população de estimada mente quatro mil desabrigados.

 

No distrito de Rocha Cavalcante foi atingida a Rua do Comércio enquanto em União dos Palmares ficaram literalmente destruídas as Ruas Demócrito Gracindo conhecida outrora como ‘Rua da Ponte’ em referencia a uma ponte centenária sobre o Rio Mudaú, a Rua do ‘Matadouro’ (cujo prejuízo maior foi a destruição do Matadouro Municipal que ainda não foi reconstruído), Jatobá e Juazeiro e no lado oposto da cidade próximo a BR-104 o transbordamento do Riacho Canabrava afetou os bairros Roberto Correia de Araújo e ‘Alto da Boa Vista’ causando a  destruição de casas, estabelcimentos comerciais e até mortes pessoas (três que se tem conhecimento oficial em União).

 

Mesmo com toda tecnologia disponível nos dias de hoje os órgãos ambientais ainda não apresentaram a sociedade as origens da fúria da natureza. Uns a atribuem ao desmatamento desenfreado outros ao equilíbrio ecológico e se comenta sobre o vazamento em um dois enormes açudes localizados nas terras da Usina Serra Grande no município vizinho de São José da Laje. Contudo a grande parte da população diz que foi o rompimento de uma barragem no Rio Mundaú que corta um município pernambucano construída para abastecer a cidade mesmo o Rio Mundaú sendo um rio interestadual, devendo correr livre entre sua nascente até onde desagua segundo preceitua a Lei vigente no Brasil.

 

O saldo da catástrofe, entretanto, foram sonhos desfeitos, remanejamento de famílias tradicionais de suas casas de origem, perda de patrimônio e a construção de quatro conjuntos habitacionais no entorno da cidade que em sua maior parte são tidos pela policia como área de concentração de delinquência em função do trafico de drogas.

 

tribunaunião //

fotos amanda e george sena

 

 

 

 

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