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Para uma parcela da população, respirar pode ser um
desafio diário. A asma é uma doença inflamatória crônica que afeta 300 milhões
de pessoas no mundo, e, se não for tratada da forma correta, e pode levar à
morte. Responsável pelo estreitamento das vias aéreas, a asma dificulta a
passagem do ar pelos pulmões e compromete a respiração, causando falta de ar,
tosse e chiado no peito.
No Brasil, estima-se 20 milhões de pessoas tenham a
asma. Além disso, a doença já é considerada a terceira principal causa de
hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e oito pacientes morrem por
dia em função dela.
“Os números refletem o comportamento de risco dos
pacientes ao não tratarem adequadamente a doença, limitando-se a cuidar somente
de suas crises por desconhecimento de como funciona a asma. Os dados são
alarmantes, diante de uma doença que pode ser controlada, independentemente da
gravidade”, explica Dra. Ângela Honda, médica do ambulatório de reabilitação
pulmonar da disciplina de pneumologia da Escola Paulista de Medicina-Unifesp.
Segundo a médica especialista, além do
desconhecimento da doença - 50% dos asmáticos não estão tratados – os pacientes
também não recebem o tratamento adequado de acordo com os diferentes níveis de
controle da asma. “Muitas pessoas sofrem da forma moderada e grave da doença,
para a qual existe um cuidado específico diferentes das formas mais leves”,
explica.
“Não é
normal ter uma rotina de idas ao pronto socorro por causa de crises constantes.
Este é um sinal de que a asma não está controlada”, comenta Dra. Ângela
Honda. Pacientes com asma grave sofrem com crises, por vezes, seguidas de
hospitalizações, chegando a procurar 15 vezes mais prontos-socorros, e são
hospitalizados 20 vezes mais que os que sofrem com a doença em sua forma leve,
o que interfere diretamente em sua qualidade de vida e aumenta o risco de morte
para o paciente.
“Nestes casos, é fundamental que os pacientes
busquem a ajuda de médicos especialistas. Apesar de não ter cura, hoje já é
possível levar uma vida normal mesmo nos casos mais graves”.
O omalizumabe é o único medicamento biológico para
tratamento de asma alérgica grave não controlada registrado no país. Ele
promove a melhora dos sintomas e diminui as crises decorrentes da doença,
permitindo que o paciente melhore sua qualidade vida. O medicamento reduz em
60,8%6 o número de crises, o que diminui diretamente no número de visitas ao
pronto-socorro (79,6%) e hospitalizações (67%). Além disso, há uma melhora
significativa da função pulmonar e dos sintomas diurnos.
Teste rápido: sua asma está
controlada?
Para facilitar o entendimento sobre o controle da
sua doença, a Global Iniciative for Asthma (GINA) 2014, em parceria com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), sugere um questionário simples e rápido,
que ajuda médicos e pacientes a reconhecer os sintomas indicativos de que a
asma não está controlada.