A falta de atuação dos órgãos ambientais que se conecta
com a certeza da impunidade, a crise econômica que ocasiona o desemprego, a
carência de educação para o problema ambiental e a própria maldade humana
seriam as principais causas da devastação da Mata Atlântica em União dos
Palmares (a 75 quilômetros de Maceió) considerada a cidade polo da Região da
Mata Alagoana.
Nesta época em que são festejados os ‘santos’ católicos
Antonio, João e Pedro, o problema constante em qualquer época do ano fica
acentuado pois muitas pessoas incautas e sem consciência ambiental destroem
cada vez mais a mata virgem extraindo sua madeira e vendendo a comunidade para fazer
fogueiras nas portas das residências sem que ninguém na área municipal,
estadual ou federal tome uma providencia.
Particularmente no município palmarino quem mais sofre
com o problema são as regiões da ‘Serra da Barriga’ e a ‘Serra dos Frios’ –
este ultima submissa nas ultimas quatro décadas a uma criminosa devastação,
mesmo quando a Policia Florestal mantinha na região uma guarnição que a
pretexto de uma ‘pressuposta epidemia de dengue’ (mesma explicação inaceitável
para a desativação da Colônia Penal Santa Fé que custou aos consumidores na
época do governo militar a bagatela de 40 milhões de dólares e era considerada
exemplo para a América Latina) deixou as dependências do antigo escritório da
Cidade Hortigranjeira.
Assim, nos últimos dias os cidadãos assistem graças à
imparcialidade das autoridades desfiles diários de carroças, caminhões, cavalos
e burros transportando a madeira que se origina desde arvores seculares até
madeira nobre. O abuso por incrível que parece recebe até ‘vista grossa’ de
políticos atuantes a exemplo dos vereadores do município e auxiliares diretos do
gestor municipal.
A atuação dos órgãos ambientais no município é pálida.
Nos últimos anos se concentra na apreensão de pássaros e proibição da retirada
de areia do rio Mundaú além de prisão de pessoas que trabalham nas pedreiras
clandestinas. Os que realmente consentem o desmatamento criminoso são
fazendeiros e políticos influentes que deixam suas terras serem devastadas para
que a madeira dê lugar a capinzais. Assim, pouco a pouco os mananciais de água
da Fazenda Frios estão secando, a fauna sedo dizimada e o Meio Ambiente
sofrendo com a ação criminosa.
‘O fogo das fogueiras é pura ostentação e crendices que
escondem tradições superadas como constituir compadres e comadres, pedir ajuda
ao santo casamenteiro e sobretudo exibição das pessoas e famílias que compram a
madeira de origem criminosa’ disse um evangélico à redação da TRIBUNA UNIÃO.
A tendência (se não houver uma ação imediata e enérgica
do IMA e do IBAMA no sentido de reprimir a retirada criminosa da madeira) é que
até o dia do ‘santo’ João no final do mês, cerca de 15% da Mata Atlântica que
insiste em permanecer na região seja devastada.
Simbolos das Festas Juninas
brasilescola //
jussara barros
As festas juninas vieram
para o Brasil na época da colonização, trazidas pelos portugueses. São de
origem francesa, por isso nas danças aparecem várias palavras nessa língua.
Nos arraiais juninos podemos encontrar vários elementos
da cultura popular, que traduzem a crendice da população de cada região. Cada
um desses símbolos tem um significado para a festa.
A quadrilha surgiu nos salões da corte francesa,
recebendo o nome de “quadrille”, mas é de origem inglesa, uma dança de
camponeses chamada “campesine”. Na época da colonização do Brasil, os portugueses
trouxeram essa dança, bem como seus principais elementos: os vestidos lindos e
rodados (que representavam as riquezas da corte), os passos puxados na língua
francesa (anarriê, avancê, tour, etc.) e os agradecimentos aos santos pelas
boas safras nas plantações.
O casamento caipira faz uma sátira aos casamentos
tradicionais. A noiva está grávida e o pai da mesma obriga o rapaz a se casar.
A apresentação do casamento na roça é muito engraçada, pois o noivo aparece
bêbado, tentando fugir do altar por várias vezes, sendo capturado pelo pai da
noiva que lhe aponta uma espingarda. Este conta com o apoio do delegado da
cidade e do padre para que o casamento seja realizado. Após a cerimônia, os
noivos puxam a quadrilha.
A fogueira simboliza a proteção dos maus
espíritos, que atrapalhavam a prosperidade das plantações. A festa realizada em
volta da fogueira é para agradecer pelas fartas colheitas. Além disso, como a
festa é realizada num mês frio, serve para aquecer e unir as pessoas em seu
redor. Cada santo tem uma fogueira, sendo a quadrada de santo Antonio, a
redonda de São João e a triangular de São Pedro.
Os balões juninos
indicam o início da festa, mas foram criados para reverenciar os santos da
festa, agradecendo pela realização dos pedidos, normalmente relacionados ao
namoro e ao casamento, onde as pessoas encontram seus pares românticos. Os
balões não são mais usados, podem ocasionar vários incêndios, caindo em locais
perigosos e destruindo a natureza.
Os fogos se originaram na China, também como
forma de agradecer aos deuses pelas boas colheitas. São elementos de proteção,
pois espantam os maus espíritos, além de servir para acordar São João com o
barulho.
A lavagem dos santos é o momento em que as suas bandeiras
são mergulhadas em água, para trazer purificação. As bandeirolas representam as
bandeiras dos santos, levando purificação a todo o local da festa.
O pau de sebo é uma brincadeira com o objetivo de se
ganhar uma quantia em dinheiro, que está afixada em seu topo. Com essa diversão
a festa fica mais animada, pois as pessoas têm que subir no mastro, lambuzado
de gordura. Muitas vezes, os participantes vão subindo nos ombros uns dos
outros, até conseguirem pegar o prêmio, que acaba servindo para pagar parte de
suas despesas na festa.
As simpatias proporcionam aos convidados maior
sorte no amor. Os santos juninos são conhecidos como santos casamenteiros, mas
santo Antônio é o mais influente deles. Nessas práticas, a imagem do santo é
castigada, até que a pessoa consiga encontrar um amor.
As comidas típicas também são símbolos juninos, como
forma de agradecimento pela fartura nas colheitas, principalmente do milho, a
festa se tornou farta em seus deliciosos quitutes como: curau, canjica,
pamonha, bolo de milho, milho cozido, pé de moleque, paçoquinha, Mané pelado,
dentre outras.